domingo, 31 de agosto de 2014

GOOGLE GLASS

GOOGLE GLASS

Uma das formas mais comuns de inovar, imaginar uma nova tecnologia é de se inspirar das obras de ficção como filmes, romances, etc.  O filme “Iron Man” (“Homem de ferro”) é um exemplo dessas obras que trouxe, entre muitas inovações, o conceito dos óculos inteligentes.
A maior inovação tecnológica dos últimos anos está sendo testada e será lançada no início de 2015.  Esta inovação é o “Google Glass”, chamado também de “Project Glass”, ou “Óculos do Futuro”, ou “Óculos Inteligentes”.
O Google Glass é um computador-com-tela-acoplada-aos-óculos a exemplo de que foi usado no filme “Homem de Ferro”.  São óculos inteligentes desenvolvidos pela Google e que introduzem um novo conceito chamado “realidade aumentada”.  Esses óculos colocam um display (monitor) levemente acima dos olhos para não prejudicar o contato olho no olho com as outras pessoas.  O Google Glass faz parte da nova categoria de tecnologias vestíveis.
Esses óculos tem conexão com a Internet, via rede WIFI ou pelo celular 3G da pessoa via Bluetooth.  Eles permitem aos usuários, por meio de comandos de voz, uma interação com diversos conteúdo da internet (navegar), tirar fotos, tuitar, gravar vídeos, enviar mensagens, realizar videoconferências, registrar algo e publicá-lo instantaneamente nas redes sociais (Google Plus, etc.), etc.
O conceito de “óculos inteligente” vem do Steve Mann do MIT, considerado um maluco completo e que chegou a desenvolve alguns protótipos.  A inovação da Google é de popularizar esta tecnologia tornando-a invisível.
Na realidade, a ideia é muito antiga.  Já em 1945, o engenheiro Vannevar Bush escreveu um artigo imaginando um futuro em que os cientistas usariam óculos capazes de fotografar de forma fácil e instantânea tudo que fosse interessante para seus trabalhos.
A inovação gerou várias patentes, como registradas pela Google, como as técnicas de antifurto e de desbloqueio de tela para o acessório.
Para comercialização do produto, a Google realizou uma parceria com a maior fabricante de óculos nos Estados Unidos: a italiana Luxottica que vai projetar, produzir e distribuir uma coleção exclusiva de armações de óculos das marcas Ray-Ban e Oakley que incorporam esta nova tecnologia procurando assim unir moda e estilo de vida à inovação tecnológica.  Esses óculos estarão avinda nos Estados Unidos em 2015 e deverão custar cerca de US$ 1,5 mil.
No momento, os óculos da Google estão em fase de testes realizados por um pequeno grupo de pessoas pelo mundo chamadas "exploradoras" (“Google Glass Explorer”) e é possível se candidatar para ser um google explorer.
Apesar desta tecnologia ser fascinante e encantadora, ela não escapou às críticas, principalmente por ser considerada uma tecnologia intrusiva.  De fato, não será fácil para nós incorporarem esses dispositivo aos nossos hábitos.  Mas o maior obstáculo é no comportamento das pessoas e nas relações humanas que serão duramente afetadas, pois ninguém se comporta naturalmente ao saber que está ou poderá ser gravado ou filmado, i.e.  mudamos a voz, se apresentamos melhor, confidenciamos menos, seremos menos espontâneos, etc.
Esta ameaça à privacidade fez a Google produzir o “manual de etiqueta” para o usuário do Google Glass, com dicas muito simples como: “não passe muito tempo vidrado no Glass, ou você vai parecer esquisito para quem estiver olhando”; “não seja rude: você não pode entrar com o Glass em locais onde o uso de câmeras ou celulares não é autorizado”, etc.
A tecnologia está sendo utilizada hoje em um dos maiores hospitais dos Estados Unidos, o hospital Beth Deaconness Medical Center (BIDMC) de Boston, testando o Google Glass no setor de urgência e emergência.  Os óculos executam uma versão do software do hospital.  Um código QR é colocado na entrada de cada apartamento de emergência.  O Google Glass leia o código na parede, identifica o paciente e consequentemente mostra suas informações, como diagnóstico, dados do paciente, resultados de exames, etc.  Os médicos visualizam as informações do prontuário dos pacientes pelos óculos de realidade aumentada.  A vantagem aqui é de permitir mais contato do médico com o paciente, que em lugar de ficar olhando para um tablete, etc. ele pode olhar ao paciente face-a-face ao mesmo tempo que ele ler o seu prontuário no Glass.
As vantagens são muitas.  Os médicos poderão, durante uma cirurgia, receber informações importantes, ao mesmo tempo que eles realizam a operação.  Da mesma forma, policiais podem estar recebendo informações visuais importantes em tempo real sem precisar se distrair durante uma operação crítica, etc. Esta tecnologia pode ser útil também para muitos profissionais como biólogos, engenheiros, professores, bancários, etc.
Outras tentativas para implantação desta tecnologia estão sendo realizadas.  Embora esta informação não foi confirmada ainda, mas parece que a Samsung vai lançar, durante o IFA 2014 (maior congresso mundial de tecnologia e inovação) em Berlim, óculos inteligentes chamados “Galaxy Glass” para concorrer com o “Google Glass”.
A exemplo do relógio inteligente que a Samsung já produziu: o “Samsung Galaxy Gear”, o “Galaxy Glass” deve permitir integração com smartphones permitindo assim aos usuários de fazer ligações telefónicas, atender telefonemas, ao mesmo tempo que eles navegam na internet, etc.
Com um preço de R$ 1.299, o Galaxy Gear é um relógio inteligente da Samsung que funciona integrado com um smartphones da linha Galaxy.  Ele tem uma tela sensível ao toque de 1,6 polegadas (320 x 320 pixels) permitindo ao usuário de enviar e-mails, fazer anotações, realizar ligações telefônicas, etc.  O Galaxy Gear dispõe de uma câmera de 1,9 megapixel que fica na pulseira do relógio.
A primeira lição disso é que, hoje, o computador não é mais apenas aquele aparelho grande, pesado, e barulhento que ocupa espaço no seu quarto ou na sua mesa do escritório.  Estamos avançando muito na miniaturização dos dispositivos tecnológicos e, em um futuro não muito longe, estaremos trabalhando com equipamentos na escala nano (10-9m) invisíveis ao olho nu graças à nanotecnologia.
O poder de processamento, hoje, é tão grande (e ele não deixa de crescer a cada dia) que qualquer smartphone é capaz de realizar funções típicas de um desktop.  Como as câmeras digitais e filmadoras estão sendo substituídos gradativamente pelos celulares e tablets, o mesmo deve acontecer com os Desktops.
Os óculos inteligentes da Google irão se integrar rapidamente ao cotidiano das pessoas.  Quanto às críticas, digo que nós não devemos criticar a tecnologia, apenas cabe a nós de se disciplinar e criar as regras adequadas que garantam o bom senso e bem-estar da nossa sociedade.  Isto é muito mais eficaz de que proibir ou condenar uma tecnologia.  Além disso, nós não podemos criticar o futuro sem saber como ele é realmente.
Concordo sobre o fato de que nós não podemos pensar usá-los permanentemente, mas, precisamos derrubar os mitos que parecem cercar esta tecnologia: invasão de privacidade, distração do usuário, etc.

É fato, basta observar que o que era uma inovação há centenas de anos, hoje é apenas um elemento do cotidiano.

MULHER: INSPIRAR MUDANÇAS

MULHER:  INSPIRAR MUDANÇAS

Celebramos ontem, 8 de março, o centésimo terceiro aniversário do dia internacional da mulher.  Este dia foi comemorado pela primeira vez em 1911 tendo como origem as manifestações realizadas no início do século XX pelas mulheres russas por “Pão e Paz”, e por homens e mulheres esclarecidos na Europa e nos Estados Unidos que reclamavam a igualdade dos direitos, melhores condições de trabalho, e o direito do voto para as mulheres. 
O Dia homenageia de fato 129 mulheres queimadas vivas, em uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, em 8 de março de 1857, por reivindicarem um salário justo e a redução da jornada de trabalho.
O dia internacional da mulher foi oficializado pela ONU em 1977.  A ONU definiu também que a “igualdade de gêneros e a valorização da mulher” seja um dos oito objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM) estabelecidos em 2001.
De lá pra cá, muito se conquistou.  A mulher de hoje é emancipada; ela ocupa cargos importantes que até então eram restritos aos homens.  A mulher é empresária, médica, pilota, engenheira, política, administradora, e recentemente o Brasil obteve sua primeira presidenta.
Apesar desses avanços, a luta pela igualdade de géneros ainda não chegou ao fim.  É certo que a mulher obteve muitas conquistas; contudo, até hoje nenhum país no mundo atingiu a igualdade de gêneros.
Seguindo o Relatório Global de Desigualdade de Gênero 2013 do Fórum Econômico Mundial, que analisou 136 países, nem a Islândia atingiu esta meta.  A Nova Zelândia é o primeiro país do mundo a conceder o direito do voto às mulheres, já em 1893, e ocupa hoje a 7ª colocação com um índice de igualdade de 78,1%.  Este ranking é liderado pelos países nórdicos, na sequência: Islândia, Finlândia, Noruega, Suécia, Irlanda, Dinamarca, e Suíça.  Esses países têm uma longa tradição na valorizar e investir no talento individual.  A única surpresa do ranking são as Filipinas que aparecem no 5o lugar.
O relatório mostra o Brasil na posição 62 com um índice de 66,5%.  O índice avalia quatro fatores-chave que medem a igualdade de gênero na sociedade: saúde, acesso à educação, participação política, e igualdade econômica.  O Brasil está muito bem nos quesitos igualdade no acesso à educação, saúde, e expectativa de vida.  Porém, precisa melhorar muito para assegurar o reconhecimento da mulher no mercado de trabalho e na vida pública.  De fato, por um mesmo trabalho, a mulher brasileira recebe apenas 54% do que é pago aos homens, e a renda média das mulheres é estimada em apenas 61% da renda média dos homens.  Mas, no quadro dos altos funcionários e na administração de empresas a participação feminina é um destaque.  Quanto ao voto, o Brasil celebra o dia da conquista do voto feminino em 24 de fevereiro, um direito adquirido em 1932.
Para as celebrações do dia internacional da mulher deste ano, a ONU escolheu o lema “inspirar mudanças”, referindo às mudanças ainda necessárias, em várias áreas como no enfrentamento à violência contra mulher, etc.
Se no quesito acesso à educação, a participação feminina melhorou muito, igualando e até ultrapassando a participação masculina em alguns países; a participação da mulher na ciência e tecnologia continua sofrendo dificuldades.
No entanto, a história de mulher na ciência é muito antiga.  Já no século I, Maria la Hebrea, uma química da Alexandria, deu uma grande contribuição às ciências biológicas ao inventar o famoso Banho Maria.  No século IV, uma mulher grega chamada Hipatia que vivia em Alexandria desenvolveu trabalhos interessantes nas áreas de matemática, astronomia, e filosofia ao ponto de influenciar o pensamento filosófico do século XVIII.  Na egípcia antiga, a Ísis inventou o processo de embalsamamento (cujo método continua sendo um mistério até hoje) e ensinou aos egípcios a agricultura, a navegação, e a astronomia.
Para analisar a contribuição das mulheres nas diferentes áreas do conhecimento, tentei observar sua participação no Prêmio Nobel.  O destaque é de Marie Sklodowska-Curie, considerada a maior mulher cientista de todos os tempos.  Polonesa, ela fez sua carreira científica na França e foi vencedora do Prêmio Nobel em duas oportunidades, de Física em 1903 e de Química em 1911.  Ela foi pioneira nos estudos sobre radioatividade e teve também sua filha Irene Joliot-Curie vencedora do Prêmio Nobel de Química em 1935.  Em homenagem ao seu trabalho, realizado em parceria com seu marido Pierre Curie, uma das mais famosas e brilhantes universidades parisienses leva seu nome até hoje: a Universidade Pierre et Marie Curie (UPMC, Paris 6).
Contudo, em mais de 100 anos de Nobel que foi criado em 1901, apenas 40 mulheres foram agraciadas com o prêmio, ou seja, menos de 10% do total dos premiados até hoje.  Nas ciências exatas, apenas duas mulheres ganharam o prêmio de Física (Marie Sklodowska-Curie e Maria Goeppert Mayer) e três mulheres ganharem o prêmio de Química (Marie Curie, Irene Joliot-Curie, e Dorothy Mary Crowfoot Hodgkin).  Não existe um Prêmio Nobel de Matemática, mas a participação feminina nesta área sofre os mesmos problemas.
Historicamente, a ciência sempre foi vista como uma atividade masculina.  Áreas como a matemática, física e química, por exemplo, erram restritas aos homens.  Havia um preconceito que a mulher não tinha o QI suficiente para enfrentar tais áreas.  Isto reflete a pequena participação feminina nas comunidades destas áreas.  Basta observar o envolvimento das mulheres nesses cursos, nas equipes de pesquisa e nos congressos do ramo.  Durante muitos anos eles costumavam reunir centenas de homens e menos de uma dúzia de mulheres em média.
Ao analisar algumas diferenças, cientificamente comprovadas, entre os dois sexos, observa-se que o cérebro do homem é geralmente 15% maior e 10% mais pesado, porém o da mulher tem mais conexões entre os neurônios e os dois hemisférios se comunicam mais efetivamente.  Os homens enxergam melhor a distancia e têm melhor inteligência espacial.  As mulheres têm uma melhor visão periférica além de melhor audição e olfato.  As mulheres têm também uma memória mais eficiente e um poder de processamento paralelo interessante.  Os homens são mais corajosos e mais competitivos, enquanto as mulheres têm mais capacidades de socialização.  As mulheres têm uma maior expectativa de vida; no Brasil a expectativa de vida é de 70,6 anos para os homens e 77,7 anos para as mulheres.  Os homens sofrem bastante com os infartos enquanto as mulheres têm mais problemas de depressão e osteoporose.
É notório observar que a participação feminina nas atividades científicas vem crescendo a cada dia, principalmente após a segunda guerra mundial.  Nas universidades, os cursos tradicionalmente ocupados por homens como as engenharias e matemática, começam a ter uma massa crítica de mulheres muito importante.
Assim, o auge da participação feminina no prêmio Nobel aconteceu em 2009, quando cinco mulheres se destacaram entre os treze vencedores.  É preciso, portanto, aumentar a participação feminina no meio científico e incentivá-la em suas atividades.
No Brasil, a maioria dos estados já tem uma secretaria para mulher onde se tenta implementar políticas públicas para emancipação da mulher.  Porém poucas focam o incentivo da mulher para a prática da ciência.  Em nível federal, foi criado em 2005 o Programa “Mulher e Ciência” pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, o Ministério da Ciência e Tecnologia, e o Ministério da Educação.  Em nível mundial, existe, por exemplo, o Prêmio L’Oréal-Unesco “Mulheres na Ciência” que, no Brasil, é realizado em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Podemos afirmar que a mulher teve um papel importante na Ciência.  Apesar de timidamente, ela contribuiu para o avanço científico desde as civilizações antigas, mas elas não foram devidamente reconhecidas.
Realmente, precisamos valorizar muito mais este tipo de datas importantes, comemorá-los intensamente com grandes atividades e manifestações, e não os encarando-os como mais um feriado.
Que Deus abençoe a todas as mulheres; Que a Ciência seja um elemento de transformação e de prosperidade para toda humanidade; e Que a Mulher continua dando sua contribuição para a sociedade.  Parabéns Mulher pelo seu dia, pela tua luta, e pelas conquistas.  Seja sempre Feliz!

MÁQUINA DO TEMPO

MÁQUINA DO TEMPO

Uma das ideias mais fascinantes da ficção científica é a noção de viajar através do tempo: voltar ao passado e ir ao futuro.  Viajar no tempo tornou-se um tema popular de ficção científica, principalmente após a publicação do livro “A Máquina do Tempo” de H.G. Wells, em 1895.
Entretanto, durante muitas décadas viagens no tempo não pertenciam aos limites da ciência séria e respeitável.  Mas, o conhecimento científico evolua ao longo do tempo.  O que é considerado verdade hoje, pode não ser amanhã, e vice-versa.
Por exemplo, há seis séculos, dominava a teoria do universo geocêntrico defendida pelo cientista grego Claudio Ptolomeu e pela Igreja, e que considera a Terra como o centro do Universo.  Hoje, sabemos que a Terra não é sequer o centro do Sistema Solar.  A Terra gira em torno de seu próprio eixo e do Sol.  O Sol também gira em torno de um referencial na Via Láctea, que é a nossa Galáxia.  O Sol é o centro de nosso sistema solar.  Existem milhares de Galáxias no Universo e todas giram também.  Esse movimento que foi liderado por Nicolau Copérnico, e consolidado posteriormente pelo físico italiano Galileu Galilei, é chamado de heliocentrismo em oposição ao geocentrismo.
Da mesma forma, o tempo era considerado como absoluto e universal, i.e. igual para todos, independentemente das circunstâncias físicas. Mas, em 1905, Albert Einstein publicava a Teoria da Relatividade.  Na sua teoria, Einstein afirma que o tempo não é o mesmo para todos i.e. quando dois observadores se movem de maneiras diferentes um em relação ao outo, eles experimentam durações diferentes.  O tempo é portanto relativo dependendo do ponto de vista (relógio interno) de cada observador.
Isto é explicado neste exemplo chamado “Paradoxo dos gêmeos”.  Imagina dois irmãos gêmeos Maria e João.   João viaja para visitar um estrela distante, enquanto Maria permanece na Terra.  Se para João, a viajem durou um ano, quando ele voltar, ele descobre que dez anos se passarem na Terra e portanto João e Maria não têm mais a mesma idade.  Maria será 9 anos mais velha que João apesar dos dois terem nascidos no mesmo dia.  Esta variação é chamada “dilatação do tempo”.
No nosso dia-a-dia na Terra, nós não observarmos grandes variações porque este fenômeno de dilação do tempo só é sentido quando nós nos aproximamos da velocidade da luz.  Para viagens em aviões comerciais aproximando velocidades em torno de 900 km por hora, a dilatação do tempo não ultrapassa alguns nano segundos, muito pouco para observar mudanças.  De qualquer forma, os relógios atômicos tem capacidade para registrar com precisão esta mudança mostrando que o movimento afeta o tempo.
Os raios cósmicos também apresentam saltos gigantescos no tempo.  Essas partículas se movem em velocidades tão próximas da luz que, para o ponto de vista de seus relógios internos, atravessam a galáxia em alguns segundos, embora para a referência da Terra pareçam levar milhares de anos.  Se não houvesse dilação do tempo, essas partículas nunca chegariam aqui.  Mas, existe um outro fator importante que influencia na dilatação do tempo que é a gravidade que puxa a luz.
Assim, para Einstein, o tempo não é algo estático mas pode sim ser modificado.  Podemos nos deslocar para trás e para frente no tempo assim como o fazermos no espaço.  O tempo é apenas um tipo de espaço.
Isto, pode não estar tão longe a acontecer quanto se pensa!  Para provar esta teoria, os cientistas estão construindo uma máquina do tempo.
Normalmente, pensamos que o tempo é uma linha reta, indo do passado para o presente, e para o futuro.  Se o espaço for torcido vigorosamente, então a linha do tempo vai se torcer dentro de um anel, e portanto podemos ir do futuro de volta ao passado.
De acordo com a teoria relativista, quando nos aproximamos da velocidade da luz, o tempo fica mais lento.  E se pudemos ir mais rápido de que a luz, aí o tempo poderia se reverter.
Mas como poderemos fazer isso? 
A inspiração dos cientistas é de usar a luz.  A máquina do tempo dever ser baseada na luz.  Experiências estão sendo realizadas usando laser de alta energia para agitar o tecido do tempo dentro de um tubo.  A máquina do tempo seria pequena, bem pequena!
O fundamental agora não é mandar seres humanos para o tempo.  Incialmente, podemos mandar partículas quânticas.  Assim podemos mandar informações para o passado.  Poderemos assim avisar a nós mesmos sobre desastres futures e evitar catástrofes, etc.
Começamos assim a entender melhor o conceito do tempo a partir desta teoria.  A relatividade mudou radicalmente as bases da Física, alterando conceitos tão fundamentais como tempo e espaço.

Acredita-se que este é o primeiro grande passo rumo à concretização deste sonho que será realizado ainda neste século.  O Homem se deslocando através do tempo.  Isto é ciência, isto é simplesmente fantástico!

SOCIEDADE MARTE

SOCIEDADE MARTE

A exploração espacial é muito importante para o futuro da humanidade.  Por exemplo, os satélites nos auxiliam nas telecomunicações, na segurança, na agricultura, na previsão do tempo, etc.  Muitas descobertas e inovações decorrentes da pesquisa aeroespacial já fazem parte do nosso quotidiano como o forno de micro-ondas, etc.
Como a tecnologia tem avançado muito e que há muitas preocupações quanto ao futuro da humanidade na Terra (população crescente, escassez dos recursos naturais, etc.), aumenta a tese de que a colonização do espaço é uma meta alcançável e que esta constitua uma das soluções para a expansão da humanidade.
Na realidade, a habitação humana permanente em um planeta que não seja a Terra, é um dos temas mais frequentes da ficção científica.  Esta ficção está próxima de se tornar uma realidade.
Após, vencer o desafio de pisar em solo lunar, parece que o futuro espacial está no planeta Marte.  Primeiro porque o planeta vermelho é nosso vizinho no sistema solar, e segundo porque este planeta reúne potenciais condições favorável à vida humana.
Inicialmente, foi a lua a escolhida como o primeiro local para abrigar a vida orgânica e a colonização humana devido à sua proximidade.  Entretanto, a gravidade lunar corresponde a apenas 16% da gravidade da Terra, enquanto a gravidade de Marte corresponde a 38%.  Outro fator que pesou muito a favor de Marte é a disponibilidade de águas superficiais, embora congeladas, em Marte e que é bem maior à presença da água na lua.  Também, a atmosfera de Marte é leve e fina o que facilita a sua transformação.
Marte é o quarto planeta a partir do Sol e o segundo menor planeta do Sistema Solar.  As temperaturas na superfície de Marte variam de -143°C (no inverno) até 35°C (no verão equatorial).  Esta variedade de temperaturas é devido à fina atmosfera que não consegue armazenar muito calor solar, a baixa pressão atmosférica, e a baixa inércia térmica do solo marciano.  Marte é 1,52 vezes mais distante do Sol que a Terra, o que resulta em apenas 43% da quantidade de luminosidade em comparação com a Terra.
Segundo a revista “Nature”, Marte formou-se em um tempo recorde, apenas dois a quatro milhões de anos após o nascimento do sistema solar, enquanto a Terra, por exemplo, levou 50 a 100 milhões de anos para atingir o seu tamanho normal de hoje.
Atualmente, Marte é um planeta rochoso, seco, vermelho porque o óxido de ferro predominante na sua superfície lhe dá uma aparência avermelhada, e morto, pois sua atmosfera sumiu, devido aos efeitos do Sol.  Por isso, ele não é mais capaz de manter água líquida na superfície, e consequentemente sustentar a vida.
Contudo, a sonda Curiosity da NASA andou fazendo algumas investigações e foi comprovado cientificamente que, em algum tempo, existiu muita água liquida e rios em Marte.  Os resultados desta pesquisa foram publicados na renomada revista científica “Science”.
O desafio agora é como recriar as condições necessárias para vida orgânica e humana em Marte?
Primeiro, é preciso aquecer o planeta para poder derreter a água congelada na superfície.  Esse processo é chamado de terraformação.  O planeta marte é muito frio.  Enquanto isso, e por causa do aquecimento global, a atmosfera de nosso planeta terra está se tornando muito quente.  Isto acontece por causa da emissão dos gases de efeito estufa.
Ironicamente, para possibilitar que a vida possa aparecer (ou reaparecer) em marte, devemos introduzir as mesmas condições que estão ameaçando a vida aqui na terra: aquecer o planeta Marte!
Assim, os cientistas pensam que se estabelecemos uma sociedade humana em Marte com uma capacidade industrial significativa, podemos criar os gazes de efeito estufa e consequentemente aquecer o planeta fazendo com que a água, que está congelada no solo, se derreta correndo novamente sobre nos rios de Marte, enchendo os lagos, e colocando o vapor da água na atmosfera.  E vapor de água é um gás de estufa.
Com o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera, a pressão atmosférica aumentaria, levando a um maior aquecimento e formação de oceanos.  Só assim, marte poderia ter um meio ambiente propício à vida com plantas, árvores e incestos.
Depois de décadas de terraformação, o planeta vermelho poderá aparecer azul e cheio de água como a Terra.  E depois de mais tempo ainda, ele poderá se transformar em um planeta rico em oxigênio e muito parecido à terra.
Mas, antes de exportar as fabricas e outros poluentes, etc. precisamos pensar em como chegar lá, e isso não será fácil!  Embora marte seja nosso vizinho mais próximo do sistema solar, ainda está muito longe.  Quando ele fica mais próximo a terra, Marte está a mais de 54 milhões de quilômetros.
Uma viagem a Marte é restrita pela posição dos planetas ao redor do sol e da movimentação dos planetas.  A janela de oportunidade para fazer uma viagem da terra a marte ou de marte à terra se abre a cada dois anos.  Uma viagem da Terra a Marte dura cerca de seis meses e a volta só poderá acontecer após dois anos.  Portanto, a viagem deve ser calculada com muita precisão.  Assim, serão realizadas viagens de dois em dois anos e cada tripulação ficará pelo menos dois anos em Marte.
Para defender este objetivo muito desafiador, foi criada, em 1998, a sociedade Marte.  É uma organização internacional sem fins lucrativos, formada por pessoas comprometidas com a futura exploração e colonização de Marte.
A Sociedade Marte, tem hoje 4.000 membros e mais de 6.000 associados de mais de 50 países ao redor do mundo.  Seu objetivo é de defender a ideia e de promover projetos voltadas à exploração espacial de Marte.
O primeiro passo para ir a Marte é de se treinar as pessoas (astronautas) a se comportar como se elas já estivessem lá.  Para tal, a Sociedade Marte simulou duas estações de exploração humana em Marte uma no alto ártico canadense e outra no deserto americano, testando os equipamentos e as possibilidades em ambientes similares aos existentes no planeta vermelho.  A sociedade Marte já formou até agora 70 tripulações de astronautas.
Os cientistas acreditam que seremos capazes de alcançar o planeta vermelho entre 2035 e 2040.  Entretanto, esta conquista requer grandes investimentos em Pesquisa, grandes estratégias, e um grande líder mundial como foi o caso do ex-presidente dos Estados Unidos John Fred Kennedy responsável pela ida do homem à lua.
A Startup holandesa, Mars One, lançou um projeto de colonização do planeta Marte e recebeu mais de 100 mil inscrições online para voluntários que quiserem colonizar o planeta.  A particularidade é que os selecionados receberão uma a passagem apenas de ida sem volta à Terra.  Os candidatos devem ter mais de 18 anos e enviar um vídeos justificando sua ida à Marte, e pagar uma taxa de cerca de 40 dólares para financiar o projeto orçado em 6 bilhões de dólares.  O projeto pretende escolher e treinar 24 astronautas que serão organizados em seis grupos de quatro e que viajarão de dois em dois anos.
As novas gerações precisam se motivar mais, estudar mais, serem bastante inovadores, e sobre tudo, que eles tenham o desejo e a vontade de romper as barreiras tecnológicas e irem além do possível.

É a ciência que nos faz sonhar, é a ciências que nos fascina, e é a humanidade que se une e acreditar em seus potencial.

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