quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

BIG DATA

Por: Prof. Dr. Sofiane Labidi

Fazer uma ligação telefônica, gravar um vídeo, efetuar uma compra, elabora um projeto, viajar, enviar um e-mail, etc. Tudo isso gera informações que, normalmente, são armazenadas em algum lugar.
Bancos, companhias aéreas, operadoras de telefonia, etc. são exemplos de empresas e órgãos que criam e manipulam diariamente grandes volumes de informações.
Você já parou para pensar na quantidade e variedade de dados que geramos e armazenamos a cada dia, a cada hora, a cada minuto?Câmaras, radares, satélites, computadores, celulares, etc. vigiam nosso mundo, fazendo com que, praticamente, tudo o que acontece seja registrado e armazenado.
Desde a hora que acordamos até a hora que dormirmos, geramos dados e informações que são convertidos e armazenados no mundo digital.  Os dispositivos de armazenamento de dados tanto analógicos como físicos (papel, etc.) são pouco utilizados hoje em dia.
Assim, tudo o que fazemos no mundo real tem seu reflexo no mundo digital. Há hoje cerca de 500 quatrilhões de arquivos digitais no mundo.  Contudo, o que mais assusta é o fato que o volume de dados digitais está dobrando a cada ano.
Em 2012, as informações digitais atingiram cerca de 2 zettabytes (2 trilhão de gigabytes) superando a Lei de Moore que previa que o poder de processamento/armazenamento dos computadores dobraria a cada 18 meses (portanto mais de um ano).
A quantidade dos dados criados e armazenados no mundo de hoje em um único dia é maior do que geramos em todo o ano de 2000, por exemplo.  Estima-se que, em 2020, sejam gerados cerca de 35 zettabytes (ou seja 35 trilhões de gigabytes de informação), e que o conhecimento deverá dobrar no mundo a cada 73 dias apenas.
Este avanço extraordinário no montante das informações geradas necessitade um acompanhamento e de um grande avanço tecnológico, não só para ter a capacidade de armazenar tudo que geramos, mas também, e sobre tudo, para saber fazer as perguntas certas diante dessa montanha de informações.
Quanto mais uma empresa cresce, mais informações ela gera e consequentemente os seus requisitos de tecnologia e armazenamento aumentam.  Portanto, a capacidade de armazenar, proteger, e compartilhar quantidades de dados cada vez maiores, além da capacidade de recuperá-loscom sucesso, rapidez e precisão, é hoje fundamental para aumentar a competitividade empresarial no mercado.
Assim, é muito importante para uma empresa ter bastantes dados armazenados.  Entretanto, a questão hoje é que de nada adianta ter muitos dados se nós não sabemos recuperá-los e usá-los para nós apoiar na tomada de decisão, etc.
É neste contexto que entra em cena um novo conceito chamado Big Data ou Grandes Dados.Big Data é um termo em plena expansãoque está se tornando muito popular.  Ele é usado para descrever o crescimento, disponibilidade, e o uso exponencial de informações estruturadas e não estruturadas nas corporações.
Em termos práticos, Big Data é o estudo e desenvolvimento de soluções tecnológicas que revolucionam a forma de como as empresas, organizações, governos, etc. adquirem, processam, e gerenciam os seus dados.
O uso do Big Data tem muitas aplicações e benefícios tanto individuais para as pessoas como para as comunidades, organizações, e a sociedade em geral, como retrata o filme “Moneyball” (O homem que mudou o jogo) do ator Brad Pitt, onde um gerente de um time de beisebol usava o Big Data para formar um elenco de excelente qualidade sem investir muito recurso.
O mercado do Big Data está em plena expansão movimentando atualmente mais de 26 bilhões de dólares por ano. Contudo, a maioria das empresas ainda não sabe utilizar o potencial do big data.
Isto passa principalmente por um novo entendimento de nosso mundo i.e. uma nova maneira de apreendê-lo.  No passado, nós aprendemos que o mais importante é dar a resposta da melhor forma possível.  Atualmente, no mundo do Big Data, precisamos entender que o mais importante é como perguntar da melhor maneira possível para garantir as informações certas e consequentemente às decisões certas.
A grande questão hoje não é,portanto, porque coletamos uma grande quantidade de informações? mas sim, o que devemos fazer com elas? e como?  As organizações terão que ser capazes de aproveitar os dados relevantes e usá-los para poder tomar as melhores decisões.
O Big Data é baseado no princípio dos 5 “V”:  Valor, Veracidade, Variedade, Volume, e Velocidade, e segue o modelo “Just in Time” que é hoje a palavra de ordem dos negócios do mundo globalizado.Isto é muito importante para as empresas pois lhes proporciona um maior poder e eficiência nas decisão.
As Tecnologias do Big Data, não só apoiam a coleta e o armazenamento de grandes volumes de dados, como também fornecem a capacidade de compreender e obter um valor agregado a partir destes, o que ajuda as organizações a operarem de uma forma mais eficiente e rentável.  Usa-se para isto técnicas como Análise de Redes Sociais, Gestão e Qualidade de Dados, Estatística, Datawarehouse, Mineração de Dados, Mineração de Textos, CRM, ERP, Marketing Digital, SAP, etc.
Há inúmeras ferramentas de Big Data disponíveis hoje no mercado como por exemplo a Hadoop da Apache Foundation, MongoDB da MongoDBInc., Splunk da Splunk Inc., e aAmazon Web Services (AWAS) da Amazon.com que oferece um portfólio completo de recursos de computação em nuvem (CloudComputing) para ajudar os usuários a gerenciarem o big data.  Recentemente, a IBM criou a Big Data University para disseminação do conhecimento na área.
Big Data vem revolucionando áreas que vão desde o combate ao câncer até a espionagem (análise de escutas telefónicas, e-mails, etc.), passando pelo apoio à tomada de decisão das corporações.
O grande desafio do Big Data hoje é quando lidamos com os chamados dados não estruturados que até então só podiam ser compreendidos por pessoas.  São dados de tipo tweets, posts em chats ou em facebook, geolocalizações, vídeos, etc. Este desafio toma mais importância ainda ao constatar que os dados não estruturados representam 85% das informações que as empresas lidam hoje.
É preciso também resolver problemas do tipo: como enfrentara complexidade do aumento exponencial do volumes das informações? como e onde armazenar todos os dados? Fazer backups, etc.?  Como fazer a análise dos dados?  Como descobrir quais dados são realmente relevantes? E como usá-los para um melhor proveito?
Enquanto a quantidade de informação digitais dobra a cada ano, apenas 22% dessas informações são úteis, e apenas 5% são analisadas e utilizadas de alguma maneira pelas empresas,por exemplo em um processo de tomada de decisão.
Isto reforça a importância do Big Data cujo o mercado crescerá 40% ao ano até 2020.A quantidade das informações passará de 2 zettabytes hoje a 8 zettabytes no final de 2015.  É o equivalente à capacidade de armazenamento de 500 bilhões de IPads.
O Big Data é considerado ao mesmo tempo uma evolução euma complementação do Business Intelligence (BI) por aumentar ainda mais sua relevância e utilidade para o negócio. O BI é essencial para o planejamento estratégico organizacional das empresas e necessita do Big Data para promover mais rapidez e inteligência na tomada de decisão.
O Big Data é portanto uma excelente área de conhecimento para exploração por nossos pesquisadores e nossas empresas levando a reduzir custos, obter vantagem competitiva, e aumentar a velocidade da inovação.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

POMAR

Por. Prof. Dr. Sofiane Labidi
O Maranhão é um celeiro de potenciais pouco explorados.  Ele é favorecido pela sua localização, não somente com relação ao mercado externo, como também para o mercado interno.  De fato, o nosso estado está localizado próximo aos grandes mercados norte-americanos e europeus.  A ampliação do canal do Panamá contribuirá em um aumento significativo do fluxo de navios que transitam pelos portos maranhenses.  Esta localização estratégica torna ainda o aeroporto internacional Cunha Machado outra grande ferramenta agilizadora no acesso aos grandes mercados mundiais.
Nosso estado pertence, em quase sua totalidade, ao Eixo Nacional de Integração e Desenvolvimento Araguaia-Tocantins, visto pelo BNDES e pelo Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão como um dos mais promissores na identificação de oportunidades de investimentos públicos e privados.  A ferrovia Norte-Sul possibilita o escoamento ágil da produção e interliga o estado ao centro-oeste do país, tornando-o ainda mais competitivo para a exportação.
Por ser localizado na Amazônia oriental e no extremo oeste do Nordeste, o Maranhão possui ainda uma rica diversidade ecológica, fato que lhe confere uma variedade de espécies da fauna e da flora brasileiras.Vale lembrar que, aproximadamente um quarto de todas as espécies animal e vegetal do planeta encontra-se na região Amazônica.
São razões que dimensionam o quanto a área da Biotecnologia é importante para Maranhão.  Tanto pela sua rica biodiversidade, quanto pelo seu posicionamento privilegiado em relação aos mercados nacionais e internacionais.
A Biotecnologia é a ciência multidisciplinar que consiste na utilização de organismos vivos e recursos naturais para a produção de bens e serviços.  Nela se enquadra um conjunto de atividades que o homem vem desenvolvendo há milhares de anos, como a produção de alimentos fermentados (pão, vinho, iogurte, cerveja, etc.).  Por outro lado, a biotecnologia moderna, também conhecida como engenharia genética ou tecnologia do DNA recombinante, envolve principalmente modificação direta do DNA, de forma a alterar ou introduzir novas características a um organismo vivo. As pesquisas neste campo visam contribuir para o aumento da expectativa de vida da população e para o aprimoramento de produtos de alto valor agregado.  Esta área, extremamente promissora e em larga expansão, proporciona um impacto extraordinário na saúde humana e na geração de riqueza.
O herbário Ático Seabra da Ufma, por exemplo, dirigido pela Professora Doutora Terezinha Rego, tem mais de 10 mil espécies catalogadas e registradas.  Com tantas riquezas, o Maranhão usufrui de uma posição de destaque para explorar seus recursos naturais na busca por novas tecnologias.
Assim, e com o intuito de promover a integração entre instituições públicas e privadas, comunidade científica e iniciativa privada para desenvolver patentes, produtos e aplicações inovadoras em biotecnologia como processo da busca de sustentabilidade e de geração de riqueza, devemos pensar na criação do Pólo de Biotecnologia do Maranhão -POMAR.
Perceba-se que no Estado, existem grupos de trabalho com biotecnologia na Uema, Ufma e Ifma, e até nas universidades privadas, porém atuando de forma isolada.  Para que as pesquisas dêem os resultados esperados, é preciso integrar nossos pesquisadores em um trabalho em rede.  Assim, o POMAR permitirá que Instituições públicas, comunidade científica e iniciativa privada passam a desenvolver patentes, produtos e aplicações inovadoras em biotecnologia, de forma integrada.
O POMAR é um empreendimento que terá por missão: criar produtos e serviços com valor de mercado; alavancar cadeias produtivas locais;promover agilidade nos processos de cooperação multilateral favorecendo o intercâmbio entre instituições científicas e de mercado; proporcionar um ambiente de articulação das ações e investimentos interinstitucionais locais e internacionais de fomento a pesquisas puras e aplicadas;  e de oferecer infra estrutura adequada para execução de pesquisas e criação de produtos e serviços.
O POMAR poderá focar linhas de Pesquisa como: Saúde humana; Fitoterápicos;Cosméticos Naturais; Bioinformática;Reprodução Animal; e Melhoramento Genético de Sementes e Embriões.Como resultados e metas pretendidos pelo Pólo:  Inovar a partir de produção de conhecimento em áreas diversas como:  Saúde, Agricultura, Nutrição, Química, Eletrônica, Energia, Meio Ambiente, Pecuária, etc.  Todavia, o ponto central para o desenvolvimento do conceito do Pólo de Biotecnologia do Maranhão deve ser a Inovação e geração de riqueza.Para atingir seus objetivos, o Pólo deve procurar capacitar profissionais na área para atuarem como agentes multiplicadores,além de implantar um curso de Doutoramento Interinstitucional na área em parceria com a Universidade de São Paulo –USP que é o Pólo mais forte do país na área.
As atividades iniciais do POMAR podem incluir projetos de pesquisa como: Saúde Humana com Fitoterápicos, coordenada pela professora Teresinha Rêgo; Genética Humana e Estudo das Bases Moleculares, coordenada pela Professora Emydia Rosa, Genética Humana e Leucemia, coordenado pelo professor Raimundo Oliveira; e Genética e Biologia Molecular, coordenada pelo Prof. Maurício Bezerra.
O Pólo de Biotecnologia será, portanto, o ambiente de articulação das ações e investimentos em pesquisas puras e aplicadas.  Juridicamente, ele pode ser uma entidade civil, sem fins lucrativos, constituído por um conselho de pesquisadores.
A nível nacional, São Paulo, Minas Gerais e Amazonas são os estados que mais se destacam na área. A implantação do Pólo de Biotecnologia do Maranhão abre foco para a inovação e integração entre pesquisa e produção, desenvolvendo produtos e processos biotecnológicos.Espera-se, assim, estimular a capacitação científica e tecnológica nesse campo extremamente promissor, fortalecendo os estudos que colocarão o Maranhão na vanguarda das pesquisas em recursos genéticos.
OPOMAR precisa, portanto, da contribuição dos órgãos de fomento, e deixo aqui o meu apelo aos nossos deputados, senadores e governantes para que se busque apoio prioritariamente aos projetos estruturantes necessários para entrada do Maranhão na Economia do Saber e conseqüentemente para o seu desenvolvimento sustentável.

Assim, com os valores de Integração, Interação e Inovação, vamos desenvolver projetos estruturantes como o POMAR, que contribuirão de fato na elevação e valorização de nossa Sociedade do Saber, Plantando conhecimento, Cultivando riqueza, e Colhendo Desenvolvimento com sustentabilidade.

sábado, 24 de janeiro de 2015

UNIVERSIDADE E SOCIEDADE

Por: Prof. Dr. Sofiane Labidi
Para a maioria, a universidade é fundamentalmente um espaço para transmissão do conhecimento no intuito de formar recursos humanos.  Isto fez com que, durante muitos anos, o Ensino era considerado a função preponderante da universidade.
A Pesquisa e a Extensão foram incorporadas gradativamente e fazem parte da história recente da universidade brasileira.  Atualmente, a visão predominante é que a universidade é uma entidade desenvolvedora do tripé ENSINO – PESQUISA – EXTENSÃO.
Entretanto, creio que esta visão clássica de hoje deixa de ter sentido a partir do momento em que nós não sabemos para quê serve este Ensino?  Para quê serve o conhecimento gerado?  e qual será o papel dos milhares de profissionais que colocamos no mercado a cada ano?
O distanciamento observado entre a universidade e seu entorno: sociedade, meio empresarial, meio industrial e meio governamental está colocando em xeque este modelo e o papel da universidade na sociedade.  Esta visão está se tornando caduca, principalmente porque tanto o ensino, como a pesquisa e a extensão não estão amplamente voltados para sociedade.
Ao analisarmos o contexto e o cenário maranhense, deparamos em uma realidade alarmante, pois, apesar de ser um estado potencialmente rico, com uma abundância de recursos naturais e uma localização estratégica invejável, o Maranhão apresenta os piores indicadores sociais e econômicos da federação.  É inadmissível que, em pleno século XXI, mais de 20% da polução maranhense ainda é analfabeta.  Além disso, o Maranhão detém os piores índices de mortalidade infantil, baixa expectativa de vida, baixo Índice de Desenvolvimento Humano –IDH, baixa produtividade, baixo Produto Interno Bruto -PIB, Baixos índices educacionais, alto índice de pobreza, alto índice de violência, alto índice de desemprego, etc.
Diante deste cenário perverso, e como professor e pesquisador da Universidade Federal do Maranhão -UFMA, me pergunto: qual é a nossa parcela de responsabilidade nisso?  Qual deva ser o grau de nossa preocupação com este cenário?  O que estamos realmente fazendo para reverter este quadro tão perverso?  Enfim, qual é, de fato, o papel da academia na sociedade?
Estamos em pleno século XXI, vivemos na nova era da globalização, da tecnologia, do conhecimento, da competitividade, da inovação, e da mudança.  Neste contexto, qual é o papel da academia na sociedade?
Nossas universidades detêm a maior concentração de inteligências no estado com seus mestres e doutores.  Infelizmente, apesar deste potencial extraordinário, nossa academia pouco faz para reverter este quadro.  Ao olharmos ao redor das nossas três grandes universidades: UFMA, IFMA e UEMA, o que observamos é muita pobreza!  E o pior, estamos bem acomodados no nosso ninho.  A universidade brasileira em geral está desconectada da realidade e pouco impacta a sociedade.
Nós não podemos negar a importância da universidade como uma instituição de papel fundamental na formação dos acadêmicos lhes proporcionando um importante crescimento profissional e pessoal.  Porém, este papel não é determinante, pois qualquer instituição acadêmica de qualquer escala e em qualquer bairro da cidade pode cumprir este papel.  A UFMA, UEMA e IFMA, pelo potencial que têm, não podem se limitar a esta função.  Acredito que nossa querida universidade tem uma responsabilidade social bem maior e deva de fato impactar a sociedade.  Formar é a função básica da nossa universidade, que deve ser fortalecida e desempenhada com qualidade e excelência.  Entretanto, nós não podemos se limitar a esta função.
Nossa academia tem um débito muito grande perante a sociedade.  Precisamos nos reconciliar com os trabalhadores, o homem do campo, os movimentos sociais, o setor produtivo, o empresariado, as comunidades carentes, e as diferentes classes sociais.  Estes segmentos reúnem as condições para quebrar o ciclo perverso do atraso e retomar as bases do verdadeiro desenvolvimento que deve ser baseado no conhecimento.
Acredito muito no nosso potencial, que hoje se encontra subestimado e sub explorado, e na nossa força em contribuir efetivamente com nosso estado, um estado tão carente e tão necessitado da contribuição de suas inteligências.  A universidade brasileira em geral, não está cumprindo o papel que deveria ser o seu.  Ensinar, formar é o mínimo que nossa instituição possa oferecer.  Precisamos ser mais corajosos, mais audaciosos, mais atuantes e mais envolvidos no dia-a-dia da nossa sociedade.  Precisamos caminhar para uma universidade moderna, aberta, inovadora e transformadora da sociedade onde ela está inserida.
A universidade, que é uma das células mais importantes da sociedade, encontra-se em um momento crucial de sua existência.  A instituição acadêmica está enfrentando os desafios do século, além disso, sua responsabilidade perante a sociedade está aumentando a cada dia.  Porém, sua estrutura arcaica e engessada e sua inercia estão travando seu avanço e colocando em xeque seu papel na sociedade.
A inovação é o motor da evolução da sociedade e a educação é seu fundamento.  A inovação passa, em primeiro lugar, pela geração de conhecimento que a universidade sabe fazer muito bem e em segundo lugar pela transformação do conhecimento gerado em riqueza.  Isto passa pela interação com a sociedade e com a empresa.  É principalmente neste segundo aspecto que estamos pecando.

Precisamos se aproximar da indústria e da micro e pequena empresa.  Precisamos criar as condições para explosão do potencial da academia ruma a uma universidade moderna, inovadora, aberta, e transformadora da sociedade.  A universidade maranhense precisa se modernizar e se preparar para enfrentar os novos desafios da era da mudança e do conhecimento.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

ORGÂNICOS x TRANSGÊNICOS

       Por: Prof. Dr. Sofiane Labidi

     O número de pessoas que optam pelo consumo de alimentos orgânicos está crescendo a cada dia.  De fato, além de fazer muito bem à saúde, os produtos orgânicos têm um sabor melhor e contribuem com a preservação do meio ambiente.
A agricultura orgânica, reconhecida também como biológica, é uma agricultura alternativa caracterizada pela produção de alimentos e produtos animais e vegetais livres de substâncias que possam colocar em risco a saúde dos produtores e dos consumidores como fertilizantes, agrotóxicos, antibióticos, aditivos químico-sintéticos, hormônios, etc. O cultivo de alimentos orgânicos também visa o consumo sustentável e a preservação do meio ambiente, uma vez que não agride o solo, as plantas, e os animais.
De fato, além de perigosos para o organismo, alguns componentes dos agrotóxicos e fertilizantes dificultam a absorção dos nutrientes dos outros alimentos e o organismo acaba absorvendo substâncias menos nutritivas.  Outro problema que pode ocorrer ao ingerir tais componentes é a liberação incorreta de enzimas e as variações do nível de acidez no estômago.
O consumidor está compreendendo a importância de uma alimentação saudável e da responsabilidade que ele tem com o meio ambiente.  De fato, uma boa saúde se deve principalmente a bons hábitos alimentares.  Segundo pesquisas realizadas na Universidade de Brasília (UnB), observou-se que os mais interessados nos produtos orgânicos são as mulheres e as pessoas de nível educacional superior, porém o certo é que isto deve se estender a todos os cidadãos.
A agricultura biológica parte do princípio que um solo saudável, mantido sem o uso de fertilizantes e pesticidas artificiais, tem maior rentabilidade e os alimentos que ele produz (orgânicos) têm uma qualidade superior aos alimentos convencionais. Ela é baseada em um cultivo totalmente natural e sustentável dos alimentos.Como exemplo de produtos orgânicos frutas, hortaliças, grãos, laticínios, carnes, etc.Ao contrário da agricultura transgênica onde se propor de fazer alterações genéticas nos organismos, a agricultura orgânica rejeita a adoção dos organismos geneticamente modificáveis (OGMs) e propõe um olhar mais atento para os resultados da agricultura orgânica.  Isto vem provocando, a nível mundial, uma verdadeira revolução no campo das relações com o meio ambiente, das relações de consumo e até nas relações sociais.
A filosofia dos alimentos orgânicos não se limita apenas à produção agrícola, mas se estende também à pecuária, onde a criação é realizada sem uso de remédios e hormônios, e também ao processamento de seus produtos onde os alimentos orgânicos industrializados também devem ser produzidos sem produtos químicos artificiais (corantes e aromatizantes artificiais, etc.).
Na sociedade atual, a opção de consumo tomou uma dimensão muito grande, pois são os consumidores que ditam as regras do mercado. Consumir significa abrir canais de viabilidade de mercado a um produto ou outro. Portanto, precisamos estar mais conscientes de nossas atitudes e saber que, ao consumirmos alimentos orgânicos, estaremos apoiando sua viabilidade econômica e, conseqüentemente, preservando nossa saúde e a sustentabilidade de nosso meio ambiente.  Enquanto ao consumir produtos transgênicos, por exemplo, estaremos consolidando a dependência de milhares de agricultores, comprometendo a auto sustentabilidade e a auto-suficiência do sistema agrícola.
Assistimos hoje a um aumenta cada vez maior da demanda no mundo por produtos orgânicos.  Em diversos países, a agricultura orgânica é regulamentada pelo governo.No Brasil, a Lei Nº 10.831 de dezembro de 2003 dispõe sobre a agricultura orgânica.
O Maranhão é um estado extremamente rico em biodiversidade e em variedades de solos e clima.  É, sem dúvida, um dos estados com maior potencial para o crescimento da produção orgânica.
Assim, precisamos definir um plano para promoção do produto biológico maranhense e sua inserção no mercado local, regional e nacional.  Campanhas de conscientização e outras iniciativas são necessárias como: o aumento das áreas reservadas à agricultura orgânica, programas de assistência técnica e de modernização de processos, implantação da semana maranhense do produto orgânico, programas fortes de pesquisa e de transferência de tecnologia buscando a melhoria da capacidade de produção e de comercialização dos produtos Bio, busca de investidores e de parcerias público privado, linhas de financiamento acessíveis para agricultura biológica, acesso a novos mercados e exportação.
A agricultura Orgânica é portanto um novo modelo de desenvolvimento agrícola e uma grande opção para o futuro.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

DREAM::IN E O PODER DO SONHO

Por: Sofiane Labidi
Através do tempo, a humanidade evoluiu da sociedade pré-histórica para sociedade agrícola, e em seguida para sociedade industrial.  Vivemos hoje na era da informação e do conhecimento, e estamos indo para uma nova era chamada a sociedade da luz.
A grande responsável pela evolução da humanidade é a inovação tecnológica.  De fato, as tecnologias geradas impactam a sociedade e provocam mudanças no dia-a-dia das pessoas e das organizações.
A inovação é o motor da evolução da sociedade e sua grande ferramenta de mudança e de transformação.  Na era do conhecimento, uma das características mais importantes das organizações é a gestão da mudança que é a capacidade de acompanhar e se adaptar às mudanças e de se manter competitiva em ambientes cada vez mais dinâmicos e incertos.
Assim, o desafio das organizações na era do conhecimento é muito grande: como elaborar estratégias que garantem a sobrevivência de uma organização no curto, médio, e longo prazos?  como a organização pode se manter competitiva em um mundo globalizado, dinâmico e incerto?  como aprender a acompanhar e se adaptar rapidamente às  mudanças?
Ao analisar o cenário maranhense, deparamos em uma realidade alarmante, pois, apesar do Maranhão ser um estado potencialmente rico, com uma abundância de recursos naturais e uma localização estratégica invejável, nosso estado apresenta os piores índices sociais e econômicos da federação.
A competitividade empresarial é muito baixa.  Há uma alta no índice de mortalidade empresarial beirando os 80% (nos dois primeiros anos), pouca geração de emprego e renda, pouca exportação, a não priorização do conhecimento causando uma baixa e fraca agregação de valor, etc.Isto explica a fragilidade da economia maranhense e a alta incidência da pobreza em São Luís e no Estado.
O desemprego é um dos problemas que mais afetam a sociedade maranhense.  Para muitos homens e mulheres, jovens e adultos, formados e não formados, a situação é desesperadora.  O problema da falta de emprego, da empregabilidade, e dos baixos salários no estado é muito grave, pois afeta muitas famílias e deve, portanto ser tratado com mais energia e seriedade.
É preciso lutar por um estado produtivo, difundindo o conhecimento e colocando a geração de trabalho e riqueza como a grande prioridade, pois a dignidade da pessoa humana passa imperativamente pelo seu direito ao trabalho.
Além do investimento na educação e em programas de qualificação profissional mais focados, é imprescindível fortalecer uma das células mais importante da nossa sociedade moderna que é a Empresa.  Isto por que a empresa é a entidade que tem mais capacidades de geração de trabalho e renda além de ter uma grande responsabilidade social.
É preciso remediar a estes problemas e provocar mudanças positivas no cenário implantando projetos e ações de incentivo ao empreendedorismo, à inovação, e à incubação de empresas.
Uma das ações exitosas neste sentido que vem sendo aplicada em vários países é o DREAM::IN.  Inicialmente desenvolvida pela universidade de Nova Iorque e aplicada na Índia, o DREAM::IN é uma ação inovadora fundamentada no princípio que aspessoase asnações devem estar embuscade umanova realidadebaseada em seus sonhos.
Vamos migrar para um novo mundo onde todos tem o mesmodireitode sonhar, eutilizar acapacidadeinovadora da mente coletiva para estimular oiníciodesta nova realidade.
Quando sonhamos, nos damos aoportunidadede buscar profundamente o que nos inspira. Nos afastamos denecessidades, de obrigações. Nos deixamos criar sem restrições.
O método DEAM::IN é descrito pelo processo SONHAR – ACREDITAR – REALIZAR.  Os sonhos são levantados usando várias técnicas como entrevistas, etc.Acreditar é criar oportunidades meios inovadores de realiza-los,  Realizar é colocar em prática uma oportunidade identificada a partir do conjunto dos sonhos e onde empreendedores, investidores e sonhadores se conectam para criar condições favoráveis e implementar tais oportunidades.
O objetivo desta ação é de estimular, reconhecer, disseminar e valorizar a produção de novas ideias DREAM::IN E O PODER DO SONHO
Através do tempo, a humanidade evoluiu da sociedade pré-histórica para sociedade agrícola, e em seguida para sociedade industrial.  Vivemos hoje na era da informação e do conhecimento, e estamos indo para uma nova era chamada a sociedade da luz.
A grande responsável pela evolução da humanidade é a inovação tecnológica.  De fato, as tecnologias geradas impactam a sociedade e provocam mudanças no dia-a-dia das pessoas e das organizações.
A inovação é o motor da evolução da sociedade e sua grande ferramenta de mudança e de transformação.  Na era do conhecimento, uma das características mais importantes das organizações é a gestão da mudança que é a capacidade de acompanhar e se adaptar às mudanças e de se manter competitiva em ambientes cada vez mais dinâmicos e incertos.
Assim, o desafio das organizações na era do conhecimento é muito grande: como elaborar estratégias que garantem a sobrevivência de uma organização no curto, médio, e longo prazos?  como a organização pode se manter competitiva em um mundo globalizado, dinâmico e incerto?  como aprender a acompanhar e se adaptar rapidamente às  mudanças?
Ao analisar o cenário maranhense, deparamos em uma realidade alarmante, pois, apesar do Maranhão ser um estado potencialmente rico, com uma abundância de recursos naturais e uma localização estratégica invejável, nosso estado apresenta os piores índices sociais e econômicos da federação.
A competitividade empresarial é muito baixa.  Há uma alta no índice de mortalidade empresarial beirando os 80% (nos dois primeiros anos), pouca geração de emprego e renda, pouca exportação, a não priorização do conhecimento causando uma baixa e fraca agregação de valor, etc.Isto explica a fragilidade da economia maranhense e a alta incidência da pobreza em São Luís e no Estado.
O desemprego é um dos problemas que mais afetam a sociedade maranhense.  Para muitos homens e mulheres, jovens e adultos, formados e não formados, a situação é desesperadora.  O problema da falta de emprego, da empregabilidade, e dos baixos salários no estado é muito grave, pois afeta muitas famílias e deve, portanto ser tratado com mais energia e seriedade.
É preciso lutar por um estado produtivo, difundindo o conhecimento e colocando a geração de trabalho e riqueza como a grande prioridade, pois a dignidade da pessoa humana passa imperativamente pelo seu direito ao trabalho.
Além do investimento na educação e em programas de qualificação profissional mais focados, é imprescindível fortalecer uma das células mais importante da nossa sociedade moderna que é a Empresa.  Isto por que a empresa é a entidade que tem mais capacidades de geração de trabalho e renda além de ter uma grande responsabilidade social.
É preciso remediar a estes problemas e provocar mudanças positivas no cenário implantando projetos e ações de incentivo ao empreendedorismo, à inovação, e à incubação de empresas.
Uma das ações exitosas neste sentido que vem sendo aplicada em vários países é o DREAM::IN.  Inicialmente desenvolvida pela universidade de Nova Iorque e aplicada na Índia, o DREAM::IN é uma ação inovadora fundamentada no princípio que aspessoase asnações devem estar embuscade umanova realidadebaseada em seus sonhos.
Vamos migrar para um novo mundo onde todos tem o mesmodireitode sonhar, eutilizar acapacidadeinovadora da mente coletiva para estimular oiníciodesta nova realidade.
Quando sonhamos, nos damos aoportunidadede buscar profundamente o que nos inspira. Nos afastamos denecessidades, de obrigações. Nos deixamos criar sem restrições.
O método DEAM::IN é descrito pelo processo SONHAR – ACREDITAR – REALIZAR.  Os sonhos são levantados usando várias técnicas como entrevistas, etc.Acreditar é criar oportunidades meios inovadores de realiza-los,  Realizar é colocar em prática uma oportunidade identificada a partir do conjunto dos sonhos e onde empreendedores, investidores e sonhadores se conectam para criar condições favoráveis e implementar tais oportunidades.
O objetivo desta ação é de estimular, reconhecer, disseminar e valorizar a produção de novas ideias geradas por empresários, universitários, professores/pesquisadores e, jovens e adultos, e pessoas da sociedade em geral, que criem produtos, projetos, processos ou serviços inovadores, que se caracterizam por práticas empreendedoras, produzindo soluções técnicas e/ou tecnológicas com possibilidade de se transformarem em negócio, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do Maranhão.
A ação “DREAM::IN MARANHÃO” será portanto um grande estímulo à difusão e valorização da criatividade e da produção de Ideias e projetos gerados por empresários, universitários, professores, pesquisadores e inventores da comunidade em geral que tenham produtos ou processos inovadores, que possam contribuir para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico de nosso Estado.geradas por empresários, universitários, professores/pesquisadores e, jovens e adultos, e pessoas da sociedade em geral, que criem produtos, projetos, processos ou serviços inovadores, que se caracterizam por práticas empreendedoras, produzindo soluções técnicas e/ou tecnológicas com possibilidade de se transformarem em negócio, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do Maranhão.

A ação “DREAM::IN MARANHÃO” será portanto um grande estímulo à difusão e valorização da criatividade e da produção de Ideias e projetos gerados por empresários, universitários, professores, pesquisadores e inventores da comunidade em geral que tenham produtos ou processos inovadores, que possam contribuir para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico de nosso Estado.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

CARRO AUTÔNOMO

Por: Sofiane Labidi
Até 2020 ele será realidade. O carro autônomo, ou carro-robô, ou carro sem motorista, ou simplesmente o carro do futuro, é um carro que funciona sem a intervenção de um condutor humano. Este será substituído por um sistema de controle computacional que integra os recursos tecnológicos do veículo.
Será possível especificar o destino, pedir ao carro de estacionar, ler o jornal, mudar de canal, etc. Mas, a principal vantagem é de nós proporcionar mais segurança e mais conforto levando à redução do número dos acidentes que pode chegar a zero, e de permitir ao motorista de aproveitar o percurso para ler, fazer telefonemas, trabalhar, navegar na internet, cochilar, etc. De fato, estima-se hoje que o ser humano é responsável por 90% dos acidentes de transito no mundo.
As companhias e os fabricantes automotivos afirmam que os veículos autônomos superam os motoristas humanos. Isto é possível graças às inovações e à multiplicação de radares e câmeras como os utilizados pelo sistema de detecção 360 graus que é capaz de distinguir objetos e pedestres e advertir o motorista em caso de risco de colisão ou frear.
 O carro autônomo é mais seguro porque dispõe de sensores e câmeras com recursos que superam a percepção humana onde o campo de visão é muito reduzido dentro do carro, principalmente a noite. O carro autônomo utiliza também dados cartográficos muito precisos e suas análises lhe permitem de antecipar cruzamentos, etc. O objetivo será, portanto, de dirigir sem as mãos na estrada.
A previsão é que o veiculo autônomo será comercializado em torno de 2020, porém para uso nas auto estradas, onde a direção é mais fácil do que nos centros urbanos. Nas cidades, o carro automático deverá ser usado por voltade 2030.
Muitos estudos e pesquisas estão sendo realizadas pelas construtoras. A Mercedes, Nissan, Tesla, Audi, Bosh, e até a Google, já anunciarem ou apresentarem seus protótipos de automóvel autônomo. O modelo S500 da Mercedes já realizou com sucesso uma viagem autônoma de 100 km nas estradas da Alemanha entre Mannheim e Pforzheim (repetindo o mesmo trajeto que, 125 anos atrás, Bertha Benz fazia na primeira viagem de carro da história da humanidade) enfrentando condições reais de tráfico (incluindo semáforos, rotatórias, pedestres, ciclistas, VLTs, etc.). A Tesla Motors anunciou que comercializará seu carro autônomo já em 2016.
A pergunta agora é: quem compraria um carro para não dirigi-lo. Na realidade, embora os carros autônomos sejam uma certeza da mobilidade do futuro e de segurança ativa, a decisão de entrar no modo automático é do próprio motorista. Por exemplo, em trechos engarrafados, ou em longas retas cansativas, etc. Podemos também imaginar um sistema que ativa o modo autônomo em situações onde o motorista feche os olhos por mais de um segundo, etc. No seu modelo a ser comercializado em 2016, a Tesla estima que o grau de automação deve atingir o 90%.
No entanto, há dois obstáculos que ainda precisam ser vencidos: quem é o responsável em caso de um acidente? O motorista ou o fabricante? Isto exige uma mudança na regulamentação e uma adaptação das leis vigentes. Em princípio, o motorista continua sendo o principal responsável.
A outra questão, mais importante ainda, é a reação do consumidor que só vai aceitar de comprar e usar esta tecnologia a partir momento em que ele tenha plena. É nosso mundo que está em plena mutação. Os avanços tecnológicos estão impactando nossa sociedade com uma velocidade sem precedente. A grande lição é que, precisamos estar muito atentos às mudanças, focar nossas estratégias de desenvolvimento na inovação, investir maciçamente no conhecimento, na implantação de centros de excelência, e na formação de recursos humanos de alto nível.
Nossa responsabilidade é muito grande perante a sociedade e as gerações futuras. Estamos perdendo nossa última chance, o bonde está passando! Por favor, reflitam! Nosso futuro acontece agora!

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