quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O FUTURO DA HUMANIDADE!

Por Sofiane Labidi

Em 31 de outubro de 2011, nascia em Manilla nas Filipinas, o sétimo bilionésimo ser humano na terra. Esta garotinha chamada Danica foi eleita pela ONU cidadão do mundo.
Nosso planeta atingiu seu primeiro bilhão no início do século IX, exatamente em 1804.  Em 1927, a população mundial dobrou e passou a ser 2 bilhões de pessoas.  A partir daí, ela iniciou uma curva de crescimento exponencial e assustador.  De fato, nos dois últimos séculos(IX e XX) a população mundial teve um acréscimo de 5 bilhões de pessoas, passando a 3 bilhões em 1959, 4 bilhões em 1974, 5 bilhões em 1987, 6 bilhões em 1999, e 7 bilhões em 2011.                  Estima-se que atingiremos 8 bilhões em 2034, e 9 bilhões até 2045.
Segundo estatísticas do Fundo da População da ONU,atualmente, nascem em média cerca de 500 mil pessoas no mundo por dia.A cada segundo, nascem cinco pessoas e morrem outras duas pessoas.  Em São Luís nascem em média 68 crianças diariamente.
      A ONU estima que a população mundial está crescendo aproximadamente 1,1% ao ano, ou seja, cerca de 77 milhões de pessoas por ano.Para os curiosos e fanáticos dos números, eu aconselho este site da BBC www.bbc.co.uk/news/world-15391515 que, além de mostrar a evolução da população mundial através do tempo, apresenta o ranking de nascimento de uma pessoa (“HumanNumber”)  i.e. a quantidade das pessoas que existiam quando você nasceu e a quantidade de pessoas que viverem na terra até aquela data, basta você digitar a data de seu nascimento.
       Somos portanto 7 bilhões de almas humanas na face da terra.Segundo informações da National Geographic, uma pessoa levaria 200 anos para contar todos estes números em voz alta.Achegada da Danica,certamente está fazendo a alegria de seus pais, mas este fato tem um significado profundo que vai além da simples preocupação com o futuro de um bebê, sua alimentação,sua educação,sua carreira,sua segurança,sua felicidade,etc.Com tanta gente na face da terra, o desafio da humanidade está ficando cada vez maior e relevados aspectos ligados ao meio ambiente, às mudanças climáticas,à saúde,à prosperidade e conômica mundial, etc.
       Se este marco populacional está mostrando sinais positivos como o aumento na expectativa de vida e uma melhora na qualidade devida em relação às gerações anteriores vivendo assim mais e melhor;por outro lado, há um agravo nas condições de nosso planeta terra que está mostrando sinais de sobrecarga com os problemas de aquecimento global e escassez de recursos naturais.
       Em 1960 as pessoas viviam em média 53 anos, enquanto em 2010 a expectativa de vida passou a ser 69 anos.O aumento populacional podendo piorar a situação da pobreza e das desigualdades sociais principalmente nos países em desenvolvimento.
      A oultra passara barrados 7 bilhões de pessoas, a humanidade e marca um momento de reflexão sobre seu futuro.O desafio maior é sem dúvida o meio ambiente: atmosfera, terra, fauna, flora, etc.  O crescente aumento populacional está provocando uma forte pressão sobre os ecossistemas e os recursos naturais.  De fato, o homem é o maior poluidor do planeta e quem mais consome e desperdiça seus recursos naturais.  A pouca responsabilidade e a falta de cuidados estão levando o homem a, não apenas provocar mudanças climáticas e esgotar os recursos de energia e os recursos naturais, mas também de levar muitas espécies à extinção nas próximas décadas.Assim, consequências nefastas estão por acontecer.
      Para controlar a situação e evitar catástrofes, o homem precisa se adaptar a esta situação.   Precisamos nos unir, nos conscientizar, e tomar providências corajosas como, por exemplo,as que vão controlar a evolução demográfica mundial e de analisar seus impactos sociais e ambientais.
     O desperdício dos alimentos está avaliado pela ONU a mais de 222 milhões de toneladas por ano, é inacreditável!O Brasil é um dos países que mais desperdiça, com cerca de 30% de sua produção jogada fora.  Evidentemente que, não são os países pobres que desperdiçam.Enquanto os países pobres produzem mais de que consumam, um país como os estados unidos, por exemplo, consome 4 vezes mais de que produz.  Em média produzimos o suficiente para alimentar toda humanidade, porém há mais de um bilhão de pessoas famintas no mundo, ou seja, uma a cada 7 pessoas.
    A ONU declarou 11 de julho o Dia Mundial da População como um esforço para aumentar a conscientização sobre questões como a importância do planejamento familiar, a igualdade de gênero, educação, pobreza, saúde materna, e de cuidados aos idosos. 
     Precisamos urgentemente controlar o consumo e o desperdício.  Chamamos para uma solidariedade mundial mais sustentada, mais real e verdadeira, e por trabalharmos unidos para um mundo melhor.  Precisamos quebrar o ciclo da pobreza e da desigualdade, educar nossos povos, e envolver os jovens no planejamento de um mundo onde reina a paz, um mundo moderno, mais justo e que cabe a todos.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

BUSINESS ANGELS

Por. Sofiane Labidi

Imagina que algum entra na sua vida e lhe dá uma quantia de dinheiro, o suficiente para você poder tocar um projeto! Parece um sonho, mas, nos dias atuais, isso está se tornando realidade e pode acontecer com cada um de nós.  Você precisa apenas ter uma ideia inovadora e os investidores anjos ou Business Angels estão por aí para viabilizar a ideia e transformá-la em uma oportunidade de negócio.
A contribuição do investidor anjo não consiste apenas na viabilização do capital. Ele funciona também como conselheiro ou tutor; identifica problemas no projeto e assessora na solução.
Normalmente, os investidores anjos são ex-empresários bem sucedidos em seus empreendimentos e que têm interesse em investir em empresas nascentes (startups) geralmente próximas a sua residência para poder melhor apoiá-las, tendo ou não uma participação no negócio, e não tendo uma função executiva na empresa, mas cuja contribuição é muito grande pelo conhecimento, experiência, e relacionamento (network) que eles detêm.
É a razão da palavra anjo, pois a participação do Investidor-Anjo não se refere apenas ao aporte financeiro, mas vai além.  Entretanto, ela não é considerada uma atividade filantrópica, pois ela visa o lucro, apesar de ter um impacto social por meio da geração de oportunidade de trabalho e de renda.
O Investimento-Anjo é um investimento de risco de baixa liquidez.  Por isso, recomenda-se que o investidor anjo destine entre 5 e 10 % de seu patrimônio para esta finalidade por uma duração de até cinco anos para cada projeto.
A ideia do Investimento-Anjo nasceu nos Estado Unidos, mas ela está se espalhando pelo mundo.  Atualmente, ela é muito usada nos grandes parques tecnológicos do mundo como o Vale do Silício na Califórnia e Sophia Antipolis na França.
Para efeito de diluição dos riscos no investimento e compartilhamento da dedicação ao empreendimento, o investimento-anjo é geralmente feito por um grupo de investidores, entretanto com a definição de um investidor líder para agilidade do processo.
Nos Estados Unidos, a rede de Anjos tem hoje 360 mil anjos.  No Brasil, há apenas 200 inscritos na rede anjos do Brasil, mas estima-se que temos cerca de 5 mil investidores-anjo no País e que movimentam cerca de R$ 450 milhões por ano e o mercado dos anjos está crescendo a cada dia.  Porém, a maioria dos anjos do Brasil é passiva, pois quem procura é o empreendedor.  Nos países desenvolvidos, os investidores anjos buscam ideais inovadoras para financiá-las.  Isto é feito de várias formas como portais dedicados, rodadas de negócio, competição de startups, etc.
Geralmente, um investimento anjo mobiliza de um a cinco investidores.  Em média, o aporte do investimento anjo varia entre 50 e 100 mil reais.  Assim, com a participação de 5 investidores-anjos, a empresa startup poderá receber até R$ 500 mil, podendo ter aportes financeiros complementares de fundos de investimentos, etc.
Para conseguir um anjo investidor é preciso ter uma ideia e uma clareza em torno desta ideia: quanto se espera faturar? Qual é o valor do gasto para isto?  Em que você pretende gastar?  Quanto vai pedir ao investidor anjo? Para tal, é preciso trabalhar muito bem a ideia, entender o mercado, conhecer os clientes, e desenvolver um plano de negócio.
O ambiente de investimento está evoluindo bastante.  Além do crowdfunding, o investimento anjo é mais uma forma não convencional e interessante de viabilização de empreendimentos.  É um modo de investimento muito eficiente e em plena expansão.  O crescimento econômico explica em parte este sucesso.
Quando se fala em investimento anjo, não é apenas um simples investimento, é um smart-money ou dinheiro inteligente ou dinheiro com valor agregado.  Portanto, jovem, seja criativo, tenha uma ideia, desenvolva sua ideia, e procure seu anjo.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O CAMINHO É O CONHECIMENTO

O Brasil é bem-sucedido no que diz respeito à geração de conhecimento tendo uma produção científica que corresponde a 2,5% da produção mundial.  Apesar disso, respondemos por apenas 0,1% das patentes depositadas no mundo.  Patente, é um monopólio concedido pelo Estado (por meio do Instituto Nacional de Propriedade Industrial –INPI), durante um certo período de tempo (15 a 20 anos) em troca da proteção e da divulgação de uma invenção.  A geração de patentes é hoje um indicador fundamental que mede o quanto um País ou uma Cidade é inovador e condiciona, portanto, seu grau de competitividade.
Como conseqüência desse mau desempenho na geração de Inovações e patentes, o Brasil ocupa hoje a 56ª posição no ranking mundial de competitividade, de acordo com o Relatório de Competetividade Global divulgado pela escola mundial de negócios (INSEAD) e o Fórum Econômico Mundial (WEF).  Tais estudos mostrarem também que o Brasil continua sendo o país menos competitivo entre os BRICs - bloco econômico dos países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China.
Isso é causado principalmente pela falta de incentivo à Pesquisa e à Inovação e pelo baixo investimento na formação e capacitação de Doutoresno exterior.  Esse último ponto constitua uma política equivocada que foi adotada pelo Governo Brasileiro desde 2005 eque está tendo um reflexo negativo sobre o Sistema.  De fato, no Brasil, embora tenhamos excelentes cursos de Mestrado, os programas de doutorado no País não atingirem ainda o nível de excelência exigido internacionalmente.  Este equívoco está sendo corrigido pelo Governo Federal ao lançar o Programa “Ciência sem Fronteiras” que está investindo cerca de 2 bilhões de reais para viabilizar o intercambio científica e formação de recurso humanos de nível em grandes centros de Pesquisa no mundo.
Quanto ao incentivo à Inovação, foi apenas em 2004 que políticas governamentais na área foram iniciadas.  O marco regulatório da inovação no Brasil é constituído por instrumentos como a Lei da Inovação (Lei Nº 10.973/2004), a Lei do Bem (Lei Nº 11.196/2005); a Lei de Informática (Lei Nº11.077/2004); a Lei Rouanet da C&T (Lei Nº 11.487/2007); a Lei Complementar (Lei Nº 123/2006); e o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Em 2009, um decreto presidencial instaurou o Dia Nacional da Inovação em 19 de outubro de cada ano.  O Brasil traçou também, como meta, triplicar os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento -P&D para atingir 2,5% do Produto Interno Bruto –PIB que até então nunca ultrapassam os 0,4% do PIB.
Apesar de todos os esforços, a cultura da inovação continua muito tímida localmente, regionalmente e nacionalmente.  A exemplo do Maranhão, o Nordeste Brasileiro apresenta apenas 5% dos pedidos de patentes depositados no INPI.
É preciso, portanto, entender a importância do papel da Inovação na agenda empresarial e nacional, difundir e absorver a cultura da Inovação no mundo acadêmico e na sociedade, e investir fortemente na pesquisa e inovação como forma de geração de riquezas.
Há hoje uma consciência muito grande com relação à importância do conhecimento e uma convicção do que a ciência e tecnologia não podem ser limitadas a uma elite, mas sim interessam a todos.  Basta olhar ao nosso redor para perceber o quanto a ciência e a tecnologia são importantes para todos.  De fato, o que será de nós sem o carro, sem a caneta, sem o avião, sem o computador, sem a máquina fotográfica, sem o celular, sem a televisão? O que será de nosso agricultor sem os agrotóxicos, sem as ferramentas de trabalho?  A nossa educação precisa da tecnologia, a saúde precisa da pesquisa e da tecnologia, todos precisam da ciência e da tecnologia!  A Ciência é um campo transversal que mexe com todas as áreas e não há progresso em nenhuma área, sem o auxílio da ciência e da tecnologia.
Temos apenas duas opções de caminho a trilhar: ou (1) continuaremos sendo meros usuários e copiadores de modelos produzidos por terceiros, ou (2) tenhamos a corageme a determinação de enfrentar o desafio e de apostar na implantação de uma base científica e de inovação sólida, que se adéqua a nossa realidade e que nos leva à condição de produtor de tecnologia.
Isto não é uma utopia e os casos de sucesso são inúmeros no Brasil e no mundo.  O Porto Digital de Recife está revolucionando a economia local.  Os Polos de Software de pequenos municípios como Bulmenau e Santa Rita de Sapucaí, estão gerando milhares de empregos e divisas para seus municípios.  Mas, o exemplo mais intrigante é o da Coréia, um país pequeno (1% do território brasileiro) que, alguns anos atrás, era considerado o lixo da Ásia, tornou-se, hoje, um dois países que mais gera inovações e patentes no mundo.  Isto por que, alguns anos atrás, tomou a decisão de investir prioritariamente e maciçamente em uma educação de qualidade aliada à ciência, tecnologia e inovação.

Vamos, portanto, fazer com que esta consciência seja compartilhada e acompanhada cada vez mais por nossos Governos.  Na era do conhecimento, a Ciência, Tecnologia e Inovação passarem a ser um elemento estratégico e motor do crescimento econômico sustentável, aumentando a produtividade e a competitividade, e criando mercados e consequentemente trabalho, renda, e qualidade de vida para as pessoas.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

LOGÍSTICA E DESENVOLVIMENTO

A globalização da economia trouxe para as empresas um cenário extremamente desafiador caracterizado pela busca incessante por maior competitividade e inovação tecnológica.
Para superar seus desafios, as empresas são obrigadas a operar com baixos preços e acabam optando por tomar decisões como redução de custos, demissões, etc.porém, poucas alcançam os resultados desejados.
A fim de garantir sua sobrevivência na nova economia, as corporações precisam manter um sistema de Business Intelligence –BI (Inteligência Empresarial) i.e. um sistema que descreve suas habilidades de acessar e explorar informações e recursos em prol de uma gestão de sucesso.
Dentre os diversos focos do BI, a Logística está se firmando como uma estratégia competitiva bastante eficaz e merece um tratamento diferenciado.A logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para execução de todas as atividades da empresa.
A Logística leva as empresas a planejarem e coordenarem suas ações gerenciais de uma forma integrada, avaliando todo o processo desde a aquisição de insumos até a certeza de que o cliente teve suas necessidades e expectativas atendidas pelo produto ou serviço entregue.
Apesar de ser uma área que se fortaleceu a partir dos anos 90, a logística existe desde o início da humanidade.  Os líderes militares já utilizavam a logística pois as guerras eram longas e distantes, e portanto eram necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos.
Comemoramos no dia 6 deste mês de junho, o dia mundial da logística.  É uma data simbólica que referência o dia D, quando ocorreu o maior movimento logístico já conhecido na história da humanidade que é o desembarque das forças aliadas na Bretanha francesas no final da segunda Guerra Mundial em 1945.
Entretanto, os avanços tecnológicos acontecidos após a segunda guerra e as necessidades impostas pelo novo mercado levarem a uma evolução do entendimento e da aplicação do conceito da logística.
A importância crescente deste conceito está justificada por apresentar as maiores oportunidades de lucratividade empresarial e por estar ligada às estratégias de desenvolvimento local e regional.
De fato, uma cidade, uma região, ou um país que tenha definido uma estratégia de desenvolvimento que seja atrelada a uma Logística Territorial aproveitando de modo racional e eficiente seu espaço físico terá mais chances de se tornar alvo de interesse de investidores e portanto de crescimento e desenvolvimento.
É importante frisar que crescimento e desenvolvimento são dois conceitos que são geralmente muito confundidos.  Contudo, crescimento não leva necessariamente ao desenvolvimento.
A infraestrutura logística (transporte, energia, saneamento, etc.) é um agente indutor de desenvolvimento e integração de um País.Infelizmente, o Brasil ocupa a 65ª posição no índice de performance logística, de acordo com o estudo do Banco mundial sobre os serviços logísticos do comércio na economia mundial em 2014.
O ranking é liderado pela Alemanha, considerada o país com a melhor logística do mundo, seguida pela Noruega, Bélgica, Reino Unido, Singapura, e Suíça.O estudo envolve 160 países e é divulgado de dois em dois anos pelo Banco Mundial desde 2007.  São avaliados os fatores de desenvolvimento do comércio, especialmente, a eficiência dos serviços de alfandega, rapidez da entrega, etc.
O Brasil apresenta um histórico de baixo investimento nesse setor tão importante.  O País investe hoje cerca de 2% do PIB em infraestrutura.  Este percentual é o terço de que investe o chile e a china por exemplo.
Estima-se que para reverter este déficit, o Brasil precisa investir cerca de 5% do PIB, ou seja, cerca de R$ 183 bilhões por ano.Além disso, os custos de transporte no Brasil são bastante superiores à média praticada no mercado mundial.
Além da deficiência de investimento, descontinuidade, e atraso nas obras (atraso médio de 4 anos), a falha da logística brasileira é causada principalmente pela dificuldade de planejamento, pela inadequação do marco regulatório existente, e pela ausência de políticas de integração modal (integração de rodovias, ferrovias, hidrovias, e aerovias).
Alogística empresarial é a área da gestão responsável por prover os recursos necessários para execução das atividades da empresa. Efetivamente, a logística implica nos processos de planejamento, implementação, e controle, de forma eficiente e eficaz,do fluxo dos recursos materiais, informacionais, e humanos durante a produção e distribuição, visando atender os requisitos do cliente (qualidade, custo, prazo, etc.).  Por isso, ela envolve diversas áreas como engenharia, economia, contabilidade estatísticamarketingtecnologia, e recursos humanos.
O Maranhão é um estado abençoado por Deus e privilegiado pela natureza.  Sua localização geográfica é invejável pela sua proximidade da Europa e dos Estados Unidos e em breve ao mercado asiático com a ampliação do canal do Panamá.
Infelizmente, o Maranhão não está tirando proveito disto simplesmente pela falta de um programa que assegura uma ampla eficiência logística.Na hora que o nosso estado atinge um grau de eficiência logística aceitável, certamente ele se tornará um importante polo de atração de empresas e de investimentos contribuindo assim para desenvolvimento econômico e social de nossa gente.
É preciso também reforçar junto ao empresaria do maranhense a importância e os benefícios da logística e o impacto para o seu negócio quando esta é trabalhada de forma estratégica.

Uma ação desta natureza contribuirá para uma ampliação do mercado e consequentemente dos negócios no estado, redução das distancias, redução dos custos, dinamização do comercio, e aumento da competitividade.  Isto é fundamental para a prosperidade do setor produtivo e consequentemente para geração de oportunidades para todos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

E-INCLUSÃO

A inclusão é o ato de permitir, facilitar, e favorecer o acesso ao bem comum indistintamente para todos. A Inclusão social é um termo amplo, utilizado em vários contextos com referências aos diferentes problemas sociais.
Porém, até os meados dos anos oitenta, não se falava em “inclusão”.  Na época, o termo que dominava era de “excluídos”, usado especialmente por sociólogos e políticos.  Quando foi utilizado pela primeira vez, o termo se referia apenas à inclusão dos portadores de necessidades especiais.  O termo era utilizado, portanto, para fazer referência à inserção de pessoas com algum tipo de deficiência nas escolas ou no mercado de trabalho.
Nos últimos anos, o conceito de inclusão social evoluiu para envolver as pessoas consideradas excluídas de forma geral,i.e. pessoas que não tem as mesmas oportunidades na sociedade.  Isto é causado por vários motivos como: raça, gênero, condições sócio–econômicas, acesso às tecnologias (exclusão digital), religião, minorias, etc.
Assim, os projetos de inclusão social têm por objetivo de inserir as pessoas excluídas, consideradas à margem da sociedade.No entanto, alguns autores não concordem com a definição deste conceito que faz distinção entre o“dentro” e o “fora”da sociedade.  Ao contrário, eles defendem o princípio que todas as pessoas são produtos de uma mesma sociedade.
Uma das formas mais eficiente de provocar a inclusão social é a inclusão digital possibilitando acesso a todas as camadas sociais às novas tecnologias.  Na sociedade da informação e do conhecimento que vivemos o analfabeto de hoje é o analfabeto digital.
O analfabetismo digital é o nível de desconhecimento das novas tecnologias, principalmente as tecnologias de informação e comunicação TICs(Celulares, Computadores, Tablets, etc.) e em especial a Internet, o que impede as pessoas de terem acesso às muitas oportunidades que estes oferecem.
Assim, a e-inclusão(ou inclusão numérica, ou digital)refere-se ao conjunto de ações e políticas visando o estabelecimento de uma sociedade da informação e do conhecimento inclusiva e não exclusiva.  A e-inclusão foca, portanto,as formas de luta contra a fratura numérica na nossa sociedade buscando democratizar o acesso às novas tecnologias.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios-PNAD, do IBGE, houve uma melhoria bastante significativa quanto ao acesso da população às novas tecnologias.  Hoje, somos mais de 70 milhões de internautas no país e a meta é de atingir os 100 milhões nos próximos anos. Porém, apenas 35% dos domicílios brasileiros têm computadores entre eles apenas um quarto tem acesso à Internet.Nas áreas rurais, a deficiência é ainda maior, pois apenas 8% dos domicílios possuem computador, devido ao custo atrelado à falta de habilidade.
A região sudeste, com 33,5 milhões de internautas, é a região com maior número de internautas: a metade dos internautas do país.  No Nordeste, são 30,2% de internautas.
O perfil do internauta brasileiro é composto na maioria pela: população urbana,jovens entre 16 e 24 anos, população com nível superior, população com renda superior a 20 salários mínimo. A Pnad revelou também que a maior dificuldade para acesso à tecnologia e à Internet continua sendo, em ordem: o custo considerado relativamente elevado, a falta de habilidades com tecnologias digitais, a falta de necessidade e de interesse, a falta de condições para pagar o acesso, a falta de possibilidades de acesso.
A Pnad mostrou também que um em cada cinco brasileiro (20,3%) é analfabeto funcional (jovens que sabem ler e escrever, mas que não conseguem interpretar textos ou se expressar de forma escrita).  Isto é um problema que dificulta bastante a alfabetização digital de nossos jovens.
Os lanhouses constituam o ponto de acesso mais utilizado no país (48%), vem depois a casa de outras pessoas (22%), o trabalho (21%), a escola (14%), e os Telecentros comunitários (4%).
Há uma muitos programas para e-inclusão:  programa Computador para Todos, Proinfo Integrado, Banda Larga nas Escolas, Um Computador por Aluno, Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, Apoio Nacional a Telecentros, Observatório Nacional de Inclusão Digital, Projeto Computador para a Inclusão Digital, Oficina para Inclusão Digital, Programa GESAC, Telecentros Comunitários para Municípios, Infraestrutura de Redes de Suporte de Telefonia Fixa para Conexão em Banda Larga, Casa Brasil, etc.O grande desafio agora é o investimento na banda larga, pois a conectividade no país é extremamente baixa.
Os projetos já realizados no estado até então, não tiverem sucesso por que, além de serem desempenhados de uma forma desintegrada e desarticulada, eles não levarem em consideração um dos componentes fundamentais: a sustentabilidade.
Precisamos, portanto, desenvolver programas de e-inclusão sustentável garantindo os meios e a capacitação para acessar, utilizar, gerar e disseminar informações e conhecimentos por meio das TICs, para que todos os maranhenses possam participar efetivamente da sociedade do conhecimento.
Temos condições de implantar o conceito de “Cidades Digitais” levando assim a internet sem fio gratuita para todos os domicílios das populações mais carentes em nossas cidades.Sem dúvida, será uma contribuição social de extrema relevância e para o desenvolvimento de nosso querido Maranhão.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PESQUISA E PROSPERIDADE

Uma das características do ser humano é a curiosidade, que leva à pergunta e à busca de respostas.  É por isso que ocorre a pesquisa.  A palavra vem do latim "perquerere", e significa perguntar.
O destino do ser humano está atrelado à elaboração de perguntas, i.e. fazer pesquisa.  Assim, haverá respostas que levarão a novas perguntas, gerando um avanço do conhecimento.  A aplicação do conhecimento leva ao progresso e à erradicação da miséria e do sofrimento humano, enquanto a ignorância faz mal ao ser humano e o leva ao atraso.
Apesar dos avanços, os dados sobre a desigualdade e a miséria no Brasil mostram quanto a situação é alarmante.  O governo federal colocou como prioridade a erradicação da miséria.Os países em desenvolvimento têm poucas chances de sair da pobreza se não fizerem o mesmo que os países ricos para chegar a um desenvolvimento sustentável, isto é,integrar a ciência, tecnologia e inovação às suas estratégias econômicas.  Há uma necessidade de dar importância capital à pesquisa, ciência e tecnologia nas estratégias de desenvolvimento.
O exemplo da Coréia é gritante.  Um país com uma dimensão equivalente a 1% do território brasileiro e que, 50 anos atrás, era considerado o “lixo da Ásia”, encontra-se hoje na ponta do progresso.  Sabe por quê?  Simplesmente porque, alguns anos atrás, esse país tomou a decisão de investir maciçamente na educação, pesquisa científica e inovação tecnológica.
Enquanto o Brasil investe um pouco mais de 1% do PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D),países como Alemanha, Estados Unidos, Japão e Coréia já investem mais de 3% do PIB em P&D.
Contudo, perceba-se que há hoje uma consciência e um interesse crescente em desenvolver uma Política de Estado de Ciência, Tecnologia & Inovação (CT&I) com vistas no Desenvolvimento Sustentável.  Estima-se que até 2020, o Brasil deve chegar a investir 3% de seu PIB em CT&I.
Para que tenhamos consciência do grau da importância da CT&I, basta observar, por exemplo, que é preciso exportar o equivalente a 21 navios cheios de commodities (produtos em estado bruto, matéria prima, etc.) para poder importar apenas um navio cheio de produtos tecnológicos (celulares, computadores, chips, etc.).
O Brasil continua exportando minérios de ferro enquanto importa trilhos de ferro, etc.A produção de com moditiesalém de ser menos rentável,gera pouco emprego quase sempre de baixa qualificação.
Para agregar valor, gerar tecnologia, e transformar a pesquisa em riqueza e benefícios para sociedade, é preciso de CT&I.  A questão consiste, portanto, em fortalecer os sistemas locais de pesquisa em ciência, tecnologia e inovação ereformar o setor público de pesquisa.  Este último ponto exige maior autonomia e flexibilidade de colaboração com a indústria; introduzir leis para incentivar as instituições de ensino e pesquisa de deter e comercializar direitos de propriedade intelectual; encorajar as parcerias público/privado objetivando melhor relacionamento entre as pesquisas e as necessidades da sociedade; e formar recursos humanos altamente qualificados.
A Política de CT&I deve pensar também em criar novas cadeias de valor sustentáveis, desenhar novos produtos e serviços sustentáveis, desenvolver plataformas de novas práticas.  Isto passa imperativamente por uma maior aproximação entre a universidade e a empresa, minimizando as divergências e sensibilizando o empresariado quanto à necessidade da inovação.

Ciência, Tecnologia e Inovação; eis a oportunidade.  Vamos investir nesta ideia que certamente atingiremos nossos objetivos de prosperidade para todos.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL

As tradições brasileiras dos últimos anos vão na contramão da sustentabilidade.  A cultura do automóvel, o excesso do incentivo à indústria automobilística, a falta de planejamento integrado, a falta de transporte público de qualidade, etc. são prova disto.
Consequentemente, o que se observahoje são problemas graves que estão se acumulando dificultando o deslocamento das pessoas nas cidades, ou seja, a mobilidade urbana: trânsito engarrafado, baixa aderência ao uso do transporte publico, baixa qualidade de vias urbanas, falta de calçadas e má uso destas quando existem, etc.  Isto está diretamente ligado à organização territorial e à sustentabilidade das cidades.
Com a emissão de poluentes, o transporte com automóveis tem um impacto muito negativosobre nosso meio ambiente e consequentemente sobre nossa saúde.  Uma das soluções apontadas para a mobilidade urbana é o transporte de massa.  Porém, os custos com projetos e instalação dificultam o desenvolvimento dessas ações.O problema é tão grave que mobilidade urbana virou lei federal (Lei 12.587/2012).
Além da ampliação do transporte público de qualidade, uma das propostas muito interessantes para enfrentar os problemas do trânsito e tentar diminuir os engarrafamentos e o transtorno que eles causam para a sociedade é o uso da bicicleta.
A opção de uso da bicicleta como alternativa de deslocamento para pequenas distâncias ajuda muito a minimizar o problema.  É um novo conceito de mobilidade urbana sustentável que está nascendo e que está sendo adotado em várias cidades no Brasil e no mundo.
A bicicletaé o transporte mais democrático do mundo e tem inúmeras vantagens: ela é silenciosa, não congestiona a cidade, não polua, promove a liberdade, nos faz sentir o vento no rosto, nos aproxima da natureza, nos faz colaborar com a saúde e com o meio ambiente.
Certamente, o sucesso da inserção da bicicleta como alternativa viável de mobilidade urbana exige mudança de cultura e investimento em ciclovias e bicicletários.  Melhorar o sistema cicloviário das cidades é o primeiro incentivo para a população adotar a bicicleta como opção de transporte e de lazer.
São Luís poderá ter projetos interessantes a exemplo de Rio e São Paulo, onde são espalhados na cidade, vários pontos de aluguel e recolhimento de bicicletas por um custo muito acessível.  Assim, uma pessoa pode alugar uma bicicleta em qualquer ponto da cidade, se deslocar e entregá-la em qualquer outro ponto da cidade.  O povo e a natureza agradecem.
Precisamos nos conscientizar e instalar a semana ludovicense e/ou a semana maranhense de mobilidade urbana.  Precisamos valorizar e aderir ao dia mundial sem carro, e pensar seriamente sobre a sustentabilidade e as formas de como cada um de nós pode colaborar.  Caso contrário, consequências drásticas estão por vir.
Precisamos refletir sobre o uso excessivo do automóvel como meio de locomoção e seus impactos negativos, instalando o projeto “Carona Solidária”, por exemplo.Precisamos libertar as pessoas da dependência dos carros estimulando-as a experimentar formas alternativas de mobilidade provendo que é possível se locomover sem depender do carro, seja a pé, de ônibus, ou de bicicleta.
Assim, precisamos nos interagir mais com essas alternativas e pensar em medidas integradas de mobilidade não restritas apenas ao transporte público, além do estímulo à cultura cidadão.
Está na hora de problemas desta natureza sejam pensados e resolvidos de forma científica e cidadã, com planejamento estratégico e fundamentação teórica.  Soluções pontuais pensadas de forma individual e não científica nunca terão êxito.  Infelizmente, continuamos insistindo no achismo e no improviso.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

LER, É PRECISO!

Quem não se lembra da famosa máxima do francês Antoine Lavoisier: “na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” que traduz a lei da conservação da matéria.  Lavoisier foi considerado o pai da Química moderna.  Com 22 anos de idade, esta mente brilhante recebeu a medalha de ouro da academia francesa de ciências, e aos 25 anos, ele se tornou membro desta academia.Infelizmente, ele foi guilhotinado, nos tempos da revolução francesa, no fim do século XVIII.  A comunidade científica lamentou muito a morte de Lavoisier.  Alguns comentários da época foram taxativos ao afirmarem: “eles precisarem de alguns segundos para se livrar desta cabeça, entretanto nem 100 anos serão suficientes para reproduzir uma mente semelhante”.
Infelizmente, em pleno século XXI, o Maranhão tem mais 19% de sua população analfabeta, i.e., praticamente uma a cada cinco pessoas é analfabeta.  O Maranhão é o terceiro pior estado da federação em alfabetização.  No brasil, a taxa é de mais de 9%, ou seja um a cada dez pessoas é analfabeto.  Isto atrapalha qualquer projeto de desenvolvimento de um país.
O analfabetismo entre jovens e adultos é uma questão que deve envergonhar a cada um de nós.O analfabetismo deve ser tratado como um enorme problema social, uma barbaridade que precisa ser sanada urgentemente.
Os números se agravam quando o assunto é analfabetismo funcional e muito mais ainda quando a analisarmos o analfabetismo digital.  O analfabeto funcional é aquele que sabe ler, mas não consegue interpretar e entender o que ele está lendo.  Um em cada cinco brasileiros acima de 15 anos (20,3%) é analfabeto funcional, ou seja, mais de 20 milhões da população adulta.
A ONU lançou em 2003 a Década da Alfabetização e definiu metas personalizadas dentro de seu segundo objetivo de desenvolvimento do milênio -ODM para acompanhamento da evolução do combate ao analfabetismo até 2015.  A ONU, e especificamente a UNESCO, considera um território livre do analfabetismo quando este tem uma população alfabetizada acima dos 96%.  Isto é, a população analfabeta tem que ser abaixo dos 4%.
O analfabetismo é uma questão crônica e é um dos fatores da vulnerabilidade social.  De fato, a população analfabeta é excluída pois tem dificuldades de ser absorvida pelo mercado.
Combater o analfabetismo exige compromisso, dedicação e muita vontade política por parte de nossos governantes.Precisamos, portanto, de uma grande campanha de erradicação do analfabetismo no Estado.  Quando falo de campanha de erradicação, penso na definição de metas e prazos.  É preciso também envolver parceiros como as prefeituras, ONGs, igrejas, famílias, etc. mobilizando todos para atingir este grande objetivo.
O governo que se instala em janeiro de 2015 no nosso estado, pode e deve colocar entre suas mobilizadoras a erradicação do analfabetismo com prazos e metas pré-estabelecidos.  São Luís, por exemplo, com uma taxa de 4,5% é muito próximo de ser declarado livre de analfabetismo desde que haja um interesse e uma dedicação em fazê-lo.  Afina, não é coincidência que 8 de setembro que é a data do aniversário de São Luís coincide com o dia internacional de combate ao analfabetismo.  São Luís, Atenas Brasileira, capital americana da cultura, terra de muitos poetas, escritores, artistas, e homens da ciência, merece este destaque.
Contudo, vale ressaltar que pouco adianta tirar as pessoas do analfabetismo se elas não consigam avançar na sociedade.  Assim, é preciso pensar em um programa que lhes traz uma verdadeira inclusão social (cidadania, profissionalização, empregabilidade, etc.).  É por isso que os projetos de erradicação do analfabetismo devem caminhar juntos com os programas de combate à pobreza, pois o combate à pobreza passa também pela alfabetização do povo.

Vamos, portanto;nós mobilizar para atingir esta meta.  Vamos declarar em breve São Luís e o Maranhão um território livre do analfabetismo levando assim dignidade e cidade para esta parcela sofrida da nossa população.

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