A inclusão é o ato de permitir, facilitar, e favorecer o acesso
ao bem comum indistintamente para todos. A Inclusão social é um termo amplo, utilizado
em vários contextos com referências aos diferentes problemas sociais.
Porém, até os meados dos anos oitenta, não se falava em “inclusão”. Na época, o termo que dominava era de
“excluídos”, usado especialmente por sociólogos e políticos. Quando foi utilizado pela primeira vez, o
termo se referia apenas à inclusão dos portadores de necessidades
especiais. O termo era utilizado, portanto,
para fazer referência à inserção de pessoas com algum tipo de deficiência nas escolas ou no mercado
de trabalho.
Nos últimos anos, o conceito de inclusão social evoluiu para envolver
as pessoas consideradas excluídas de forma geral,i.e. pessoas que não tem as mesmas oportunidades na sociedade. Isto é causado por vários motivos como: raça,
gênero, condições sócio–econômicas, acesso às tecnologias (exclusão digital), religião, minorias,
etc.
Assim, os projetos de inclusão social têm por objetivo de
inserir as pessoas excluídas, consideradas à margem da sociedade.No entanto, alguns
autores não concordem com a definição deste conceito que faz distinção entre o“dentro”
e o “fora”da sociedade. Ao contrário,
eles defendem o princípio que todas as pessoas são produtos de uma mesma sociedade.
Uma das formas mais eficiente de provocar a inclusão social é
a inclusão digital possibilitando acesso a todas as camadas sociais às novas
tecnologias. Na sociedade da informação
e do conhecimento que vivemos o analfabeto de hoje é o analfabeto digital.
O analfabetismo digital é o nível de desconhecimento das
novas tecnologias, principalmente as tecnologias de informação e comunicação
TICs(Celulares, Computadores, Tablets, etc.) e em especial a Internet, o que
impede as pessoas de terem acesso às muitas oportunidades que estes oferecem.
Assim, a e-inclusão(ou inclusão numérica, ou digital)refere-se ao conjunto
de ações e políticas visando o estabelecimento de uma sociedade da informação e do
conhecimento inclusiva e não exclusiva. A e-inclusão foca,
portanto,as formas de luta contra a fratura numérica na nossa sociedade buscando democratizar
o acesso às novas tecnologias.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios-PNAD, do
IBGE, houve uma melhoria bastante significativa quanto ao acesso da população
às novas tecnologias. Hoje, somos mais
de 70 milhões de internautas no país e a meta é de atingir os 100 milhões nos
próximos anos. Porém, apenas 35% dos domicílios brasileiros têm computadores entre
eles apenas um quarto tem acesso à Internet.Nas áreas rurais, a deficiência é
ainda maior, pois apenas 8% dos domicílios possuem computador, devido ao custo
atrelado à falta de habilidade.
A região sudeste, com 33,5 milhões de internautas, é a região
com maior número de internautas: a metade dos internautas do país. No Nordeste, são 30,2% de internautas.
O perfil do internauta brasileiro é composto na maioria pela:
população urbana,jovens entre 16 e 24 anos, população com nível superior, população
com renda superior a 20 salários mínimo. A Pnad revelou também que a maior
dificuldade para acesso à tecnologia e à Internet continua sendo, em ordem: o custo
considerado relativamente elevado, a falta de habilidades com tecnologias
digitais, a falta de necessidade e de interesse, a falta de condições para
pagar o acesso, a falta de possibilidades de acesso.
A Pnad mostrou também que um em cada cinco brasileiro (20,3%)
é analfabeto funcional (jovens que sabem ler e escrever, mas que não conseguem
interpretar textos ou se expressar de forma escrita). Isto é um problema que dificulta bastante a
alfabetização digital de nossos jovens.
Os lanhouses constituam o ponto de acesso mais utilizado no
país (48%), vem depois a casa de outras pessoas (22%), o trabalho (21%), a
escola (14%), e os Telecentros comunitários (4%).
Há uma muitos programas para e-inclusão: programa Computador para Todos, Proinfo
Integrado, Banda Larga nas Escolas, Um Computador por Aluno, Programa de
Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, Apoio Nacional a Telecentros,
Observatório Nacional de Inclusão Digital, Projeto Computador para a Inclusão
Digital, Oficina para Inclusão Digital, Programa GESAC, Telecentros
Comunitários para Municípios, Infraestrutura de Redes de Suporte de Telefonia
Fixa para Conexão em Banda Larga, Casa Brasil, etc.O grande desafio agora é o
investimento na banda larga, pois a conectividade no país é extremamente baixa.
Os projetos já realizados no estado até então, não tiverem
sucesso por que, além de serem desempenhados de uma forma desintegrada e
desarticulada, eles não levarem em consideração um dos componentes
fundamentais: a sustentabilidade.
Precisamos, portanto, desenvolver programas de e-inclusão
sustentável garantindo os meios e a capacitação para acessar, utilizar, gerar e
disseminar informações e conhecimentos por meio das TICs, para que todos os maranhenses
possam participar efetivamente da sociedade do conhecimento.
Temos condições de implantar o conceito de “Cidades Digitais”
levando assim a internet sem fio gratuita para todos os domicílios das
populações mais carentes em nossas cidades.Sem dúvida, será uma contribuição
social de extrema relevância e para o desenvolvimento de nosso querido Maranhão.
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