Por. Sofiane Labidi
Imagina que algum entra na
sua vida e lhe dá uma quantia de dinheiro, o suficiente para você poder tocar
um projeto! Parece um sonho, mas, nos dias atuais, isso está se tornando realidade
e pode acontecer com cada um de nós. Você
precisa apenas ter uma ideia inovadora e os investidores anjos ou Business
Angels estão por aí para viabilizar a ideia e transformá-la em uma
oportunidade de negócio.
A contribuição do investidor
anjo não consiste apenas na viabilização do capital. Ele funciona também como conselheiro
ou tutor; identifica problemas no projeto e assessora na solução.
Normalmente, os investidores
anjos são ex-empresários bem sucedidos em seus empreendimentos e que têm
interesse em investir em empresas nascentes (startups) geralmente próximas a sua residência para poder melhor
apoiá-las, tendo ou não uma participação no negócio, e não tendo uma função
executiva na empresa, mas cuja contribuição é muito grande pelo conhecimento,
experiência, e relacionamento (network)
que eles detêm.
É a razão da palavra anjo,
pois a participação do Investidor-Anjo não se refere apenas ao aporte
financeiro, mas vai além. Entretanto,
ela não é considerada uma atividade filantrópica, pois ela visa o lucro, apesar
de ter um impacto social por meio da geração de oportunidade de trabalho e de
renda.
O Investimento-Anjo é um
investimento de risco de baixa liquidez.
Por isso, recomenda-se que o investidor anjo destine entre 5 e 10 % de
seu patrimônio para esta finalidade por uma duração de até cinco anos para cada
projeto.
A ideia do Investimento-Anjo
nasceu nos Estado Unidos, mas ela está se espalhando pelo mundo. Atualmente, ela é muito usada nos grandes
parques tecnológicos do mundo como o Vale do Silício na Califórnia e Sophia
Antipolis na França.
Para efeito de diluição dos
riscos no investimento e compartilhamento da dedicação ao empreendimento, o
investimento-anjo é geralmente feito por um grupo de investidores, entretanto
com a definição de um investidor líder para agilidade do processo.
Nos Estados Unidos, a rede
de Anjos tem hoje 360 mil anjos. No
Brasil, há apenas 200 inscritos na rede anjos do Brasil, mas estima-se que
temos cerca de 5 mil investidores-anjo no País e que movimentam cerca de R$ 450
milhões por ano e o mercado dos anjos está crescendo a cada dia. Porém, a maioria dos anjos do Brasil é
passiva, pois quem procura é o empreendedor.
Nos países desenvolvidos, os investidores anjos buscam ideais inovadoras
para financiá-las. Isto é feito de
várias formas como portais dedicados, rodadas de negócio, competição de
startups, etc.
Geralmente, um investimento
anjo mobiliza de um a cinco investidores.
Em média, o aporte do investimento anjo varia entre 50 e 100 mil
reais. Assim, com a participação de 5
investidores-anjos, a empresa startup poderá receber até R$ 500 mil, podendo
ter aportes financeiros complementares de fundos de investimentos, etc.
Para conseguir um anjo
investidor é preciso ter uma ideia e uma clareza em torno desta ideia: quanto
se espera faturar? Qual é o valor do gasto para isto? Em que você pretende gastar? Quanto vai pedir ao investidor anjo? Para
tal, é preciso trabalhar muito bem a ideia, entender o mercado, conhecer os
clientes, e desenvolver um plano de negócio.
O ambiente de investimento
está evoluindo bastante. Além do
crowdfunding, o investimento anjo é mais uma forma não convencional e
interessante de viabilização de empreendimentos. É um modo de investimento muito eficiente e
em plena expansão. O crescimento
econômico explica em parte este sucesso.
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