segunda-feira, 13 de outubro de 2014

MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL

As tradições brasileiras dos últimos anos vão na contramão da sustentabilidade.  A cultura do automóvel, o excesso do incentivo à indústria automobilística, a falta de planejamento integrado, a falta de transporte público de qualidade, etc. são prova disto.
Consequentemente, o que se observahoje são problemas graves que estão se acumulando dificultando o deslocamento das pessoas nas cidades, ou seja, a mobilidade urbana: trânsito engarrafado, baixa aderência ao uso do transporte publico, baixa qualidade de vias urbanas, falta de calçadas e má uso destas quando existem, etc.  Isto está diretamente ligado à organização territorial e à sustentabilidade das cidades.
Com a emissão de poluentes, o transporte com automóveis tem um impacto muito negativosobre nosso meio ambiente e consequentemente sobre nossa saúde.  Uma das soluções apontadas para a mobilidade urbana é o transporte de massa.  Porém, os custos com projetos e instalação dificultam o desenvolvimento dessas ações.O problema é tão grave que mobilidade urbana virou lei federal (Lei 12.587/2012).
Além da ampliação do transporte público de qualidade, uma das propostas muito interessantes para enfrentar os problemas do trânsito e tentar diminuir os engarrafamentos e o transtorno que eles causam para a sociedade é o uso da bicicleta.
A opção de uso da bicicleta como alternativa de deslocamento para pequenas distâncias ajuda muito a minimizar o problema.  É um novo conceito de mobilidade urbana sustentável que está nascendo e que está sendo adotado em várias cidades no Brasil e no mundo.
A bicicletaé o transporte mais democrático do mundo e tem inúmeras vantagens: ela é silenciosa, não congestiona a cidade, não polua, promove a liberdade, nos faz sentir o vento no rosto, nos aproxima da natureza, nos faz colaborar com a saúde e com o meio ambiente.
Certamente, o sucesso da inserção da bicicleta como alternativa viável de mobilidade urbana exige mudança de cultura e investimento em ciclovias e bicicletários.  Melhorar o sistema cicloviário das cidades é o primeiro incentivo para a população adotar a bicicleta como opção de transporte e de lazer.
São Luís poderá ter projetos interessantes a exemplo de Rio e São Paulo, onde são espalhados na cidade, vários pontos de aluguel e recolhimento de bicicletas por um custo muito acessível.  Assim, uma pessoa pode alugar uma bicicleta em qualquer ponto da cidade, se deslocar e entregá-la em qualquer outro ponto da cidade.  O povo e a natureza agradecem.
Precisamos nos conscientizar e instalar a semana ludovicense e/ou a semana maranhense de mobilidade urbana.  Precisamos valorizar e aderir ao dia mundial sem carro, e pensar seriamente sobre a sustentabilidade e as formas de como cada um de nós pode colaborar.  Caso contrário, consequências drásticas estão por vir.
Precisamos refletir sobre o uso excessivo do automóvel como meio de locomoção e seus impactos negativos, instalando o projeto “Carona Solidária”, por exemplo.Precisamos libertar as pessoas da dependência dos carros estimulando-as a experimentar formas alternativas de mobilidade provendo que é possível se locomover sem depender do carro, seja a pé, de ônibus, ou de bicicleta.
Assim, precisamos nos interagir mais com essas alternativas e pensar em medidas integradas de mobilidade não restritas apenas ao transporte público, além do estímulo à cultura cidadão.
Está na hora de problemas desta natureza sejam pensados e resolvidos de forma científica e cidadã, com planejamento estratégico e fundamentação teórica.  Soluções pontuais pensadas de forma individual e não científica nunca terão êxito.  Infelizmente, continuamos insistindo no achismo e no improviso.

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