sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PESQUISA E PROSPERIDADE

Uma das características do ser humano é a curiosidade, que leva à pergunta e à busca de respostas.  É por isso que ocorre a pesquisa.  A palavra vem do latim "perquerere", e significa perguntar.
O destino do ser humano está atrelado à elaboração de perguntas, i.e. fazer pesquisa.  Assim, haverá respostas que levarão a novas perguntas, gerando um avanço do conhecimento.  A aplicação do conhecimento leva ao progresso e à erradicação da miséria e do sofrimento humano, enquanto a ignorância faz mal ao ser humano e o leva ao atraso.
Apesar dos avanços, os dados sobre a desigualdade e a miséria no Brasil mostram quanto a situação é alarmante.  O governo federal colocou como prioridade a erradicação da miséria.Os países em desenvolvimento têm poucas chances de sair da pobreza se não fizerem o mesmo que os países ricos para chegar a um desenvolvimento sustentável, isto é,integrar a ciência, tecnologia e inovação às suas estratégias econômicas.  Há uma necessidade de dar importância capital à pesquisa, ciência e tecnologia nas estratégias de desenvolvimento.
O exemplo da Coréia é gritante.  Um país com uma dimensão equivalente a 1% do território brasileiro e que, 50 anos atrás, era considerado o “lixo da Ásia”, encontra-se hoje na ponta do progresso.  Sabe por quê?  Simplesmente porque, alguns anos atrás, esse país tomou a decisão de investir maciçamente na educação, pesquisa científica e inovação tecnológica.
Enquanto o Brasil investe um pouco mais de 1% do PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D),países como Alemanha, Estados Unidos, Japão e Coréia já investem mais de 3% do PIB em P&D.
Contudo, perceba-se que há hoje uma consciência e um interesse crescente em desenvolver uma Política de Estado de Ciência, Tecnologia & Inovação (CT&I) com vistas no Desenvolvimento Sustentável.  Estima-se que até 2020, o Brasil deve chegar a investir 3% de seu PIB em CT&I.
Para que tenhamos consciência do grau da importância da CT&I, basta observar, por exemplo, que é preciso exportar o equivalente a 21 navios cheios de commodities (produtos em estado bruto, matéria prima, etc.) para poder importar apenas um navio cheio de produtos tecnológicos (celulares, computadores, chips, etc.).
O Brasil continua exportando minérios de ferro enquanto importa trilhos de ferro, etc.A produção de com moditiesalém de ser menos rentável,gera pouco emprego quase sempre de baixa qualificação.
Para agregar valor, gerar tecnologia, e transformar a pesquisa em riqueza e benefícios para sociedade, é preciso de CT&I.  A questão consiste, portanto, em fortalecer os sistemas locais de pesquisa em ciência, tecnologia e inovação ereformar o setor público de pesquisa.  Este último ponto exige maior autonomia e flexibilidade de colaboração com a indústria; introduzir leis para incentivar as instituições de ensino e pesquisa de deter e comercializar direitos de propriedade intelectual; encorajar as parcerias público/privado objetivando melhor relacionamento entre as pesquisas e as necessidades da sociedade; e formar recursos humanos altamente qualificados.
A Política de CT&I deve pensar também em criar novas cadeias de valor sustentáveis, desenhar novos produtos e serviços sustentáveis, desenvolver plataformas de novas práticas.  Isto passa imperativamente por uma maior aproximação entre a universidade e a empresa, minimizando as divergências e sensibilizando o empresariado quanto à necessidade da inovação.

Ciência, Tecnologia e Inovação; eis a oportunidade.  Vamos investir nesta ideia que certamente atingiremos nossos objetivos de prosperidade para todos.

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