Uma das
características do ser humano é a curiosidade, que leva à pergunta e à busca de
respostas. É por isso que ocorre a
pesquisa. A palavra vem do latim
"perquerere", e significa perguntar.
O destino do
ser humano está atrelado à elaboração de perguntas, i.e. fazer pesquisa. Assim, haverá respostas que levarão a novas
perguntas, gerando um avanço do conhecimento.
A aplicação do conhecimento leva ao progresso e à erradicação da miséria
e do sofrimento humano, enquanto a ignorância faz mal ao ser humano e o leva ao
atraso.
Apesar dos
avanços, os dados sobre a desigualdade e a miséria no Brasil mostram quanto a
situação é alarmante. O governo federal
colocou como prioridade a erradicação da miséria.Os países em desenvolvimento
têm poucas chances de sair da pobreza se não fizerem o mesmo que os países
ricos para chegar a um desenvolvimento sustentável, isto é,integrar a ciência,
tecnologia e inovação às suas estratégias econômicas. Há uma necessidade de dar importância capital
à pesquisa, ciência e tecnologia nas estratégias de desenvolvimento.
O exemplo da
Coréia é gritante. Um país com uma dimensão
equivalente a 1% do território brasileiro e que, 50 anos atrás, era considerado
o “lixo da Ásia”, encontra-se hoje na ponta do progresso. Sabe por quê?
Simplesmente porque, alguns anos atrás, esse país tomou a decisão de
investir maciçamente na educação, pesquisa científica e
inovação tecnológica.
Enquanto o
Brasil investe um pouco mais de 1% do PIB em Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D),países como Alemanha, Estados Unidos, Japão e Coréia já investem mais
de 3% do PIB em P&D.
Contudo,
perceba-se que há hoje uma consciência e um interesse crescente em desenvolver
uma Política de Estado de Ciência, Tecnologia & Inovação (CT&I) com
vistas no Desenvolvimento Sustentável.
Estima-se que até 2020, o Brasil deve chegar a investir 3% de seu PIB em
CT&I.
Para que
tenhamos consciência do grau da importância da CT&I, basta observar, por
exemplo, que é preciso exportar o equivalente a 21 navios cheios de commodities (produtos
em estado bruto, matéria prima, etc.) para poder importar apenas um navio cheio
de produtos tecnológicos (celulares, computadores, chips, etc.).
O Brasil continua
exportando minérios de ferro enquanto importa trilhos de ferro, etc.A produção de com moditiesalém de ser menos rentável,gera pouco emprego quase
sempre de baixa qualificação.
Para agregar
valor, gerar tecnologia, e transformar a pesquisa em riqueza e benefícios para
sociedade, é preciso de CT&I. A questão
consiste, portanto, em fortalecer os sistemas locais de pesquisa em ciência,
tecnologia e inovação ereformar o setor público de pesquisa. Este último ponto exige maior autonomia e flexibilidade
de colaboração com a indústria; introduzir leis para incentivar as instituições
de ensino e pesquisa de deter e comercializar direitos de propriedade
intelectual; encorajar as parcerias público/privado objetivando melhor
relacionamento entre as pesquisas e as necessidades da sociedade; e formar
recursos humanos altamente qualificados.
A Política de
CT&I deve pensar também em criar novas cadeias de valor sustentáveis,
desenhar novos produtos e serviços sustentáveis, desenvolver plataformas de
novas práticas. Isto passa
imperativamente por uma maior aproximação entre a universidade e a empresa,
minimizando as divergências e sensibilizando o empresariado quanto à
necessidade da inovação.
Ciência,
Tecnologia e Inovação; eis a oportunidade.
Vamos investir nesta ideia que certamente atingiremos nossos objetivos
de prosperidade para todos.
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