domingo, 31 de agosto de 2014

GOOGLE GLASS

GOOGLE GLASS

Uma das formas mais comuns de inovar, imaginar uma nova tecnologia é de se inspirar das obras de ficção como filmes, romances, etc.  O filme “Iron Man” (“Homem de ferro”) é um exemplo dessas obras que trouxe, entre muitas inovações, o conceito dos óculos inteligentes.
A maior inovação tecnológica dos últimos anos está sendo testada e será lançada no início de 2015.  Esta inovação é o “Google Glass”, chamado também de “Project Glass”, ou “Óculos do Futuro”, ou “Óculos Inteligentes”.
O Google Glass é um computador-com-tela-acoplada-aos-óculos a exemplo de que foi usado no filme “Homem de Ferro”.  São óculos inteligentes desenvolvidos pela Google e que introduzem um novo conceito chamado “realidade aumentada”.  Esses óculos colocam um display (monitor) levemente acima dos olhos para não prejudicar o contato olho no olho com as outras pessoas.  O Google Glass faz parte da nova categoria de tecnologias vestíveis.
Esses óculos tem conexão com a Internet, via rede WIFI ou pelo celular 3G da pessoa via Bluetooth.  Eles permitem aos usuários, por meio de comandos de voz, uma interação com diversos conteúdo da internet (navegar), tirar fotos, tuitar, gravar vídeos, enviar mensagens, realizar videoconferências, registrar algo e publicá-lo instantaneamente nas redes sociais (Google Plus, etc.), etc.
O conceito de “óculos inteligente” vem do Steve Mann do MIT, considerado um maluco completo e que chegou a desenvolve alguns protótipos.  A inovação da Google é de popularizar esta tecnologia tornando-a invisível.
Na realidade, a ideia é muito antiga.  Já em 1945, o engenheiro Vannevar Bush escreveu um artigo imaginando um futuro em que os cientistas usariam óculos capazes de fotografar de forma fácil e instantânea tudo que fosse interessante para seus trabalhos.
A inovação gerou várias patentes, como registradas pela Google, como as técnicas de antifurto e de desbloqueio de tela para o acessório.
Para comercialização do produto, a Google realizou uma parceria com a maior fabricante de óculos nos Estados Unidos: a italiana Luxottica que vai projetar, produzir e distribuir uma coleção exclusiva de armações de óculos das marcas Ray-Ban e Oakley que incorporam esta nova tecnologia procurando assim unir moda e estilo de vida à inovação tecnológica.  Esses óculos estarão avinda nos Estados Unidos em 2015 e deverão custar cerca de US$ 1,5 mil.
No momento, os óculos da Google estão em fase de testes realizados por um pequeno grupo de pessoas pelo mundo chamadas "exploradoras" (“Google Glass Explorer”) e é possível se candidatar para ser um google explorer.
Apesar desta tecnologia ser fascinante e encantadora, ela não escapou às críticas, principalmente por ser considerada uma tecnologia intrusiva.  De fato, não será fácil para nós incorporarem esses dispositivo aos nossos hábitos.  Mas o maior obstáculo é no comportamento das pessoas e nas relações humanas que serão duramente afetadas, pois ninguém se comporta naturalmente ao saber que está ou poderá ser gravado ou filmado, i.e.  mudamos a voz, se apresentamos melhor, confidenciamos menos, seremos menos espontâneos, etc.
Esta ameaça à privacidade fez a Google produzir o “manual de etiqueta” para o usuário do Google Glass, com dicas muito simples como: “não passe muito tempo vidrado no Glass, ou você vai parecer esquisito para quem estiver olhando”; “não seja rude: você não pode entrar com o Glass em locais onde o uso de câmeras ou celulares não é autorizado”, etc.
A tecnologia está sendo utilizada hoje em um dos maiores hospitais dos Estados Unidos, o hospital Beth Deaconness Medical Center (BIDMC) de Boston, testando o Google Glass no setor de urgência e emergência.  Os óculos executam uma versão do software do hospital.  Um código QR é colocado na entrada de cada apartamento de emergência.  O Google Glass leia o código na parede, identifica o paciente e consequentemente mostra suas informações, como diagnóstico, dados do paciente, resultados de exames, etc.  Os médicos visualizam as informações do prontuário dos pacientes pelos óculos de realidade aumentada.  A vantagem aqui é de permitir mais contato do médico com o paciente, que em lugar de ficar olhando para um tablete, etc. ele pode olhar ao paciente face-a-face ao mesmo tempo que ele ler o seu prontuário no Glass.
As vantagens são muitas.  Os médicos poderão, durante uma cirurgia, receber informações importantes, ao mesmo tempo que eles realizam a operação.  Da mesma forma, policiais podem estar recebendo informações visuais importantes em tempo real sem precisar se distrair durante uma operação crítica, etc. Esta tecnologia pode ser útil também para muitos profissionais como biólogos, engenheiros, professores, bancários, etc.
Outras tentativas para implantação desta tecnologia estão sendo realizadas.  Embora esta informação não foi confirmada ainda, mas parece que a Samsung vai lançar, durante o IFA 2014 (maior congresso mundial de tecnologia e inovação) em Berlim, óculos inteligentes chamados “Galaxy Glass” para concorrer com o “Google Glass”.
A exemplo do relógio inteligente que a Samsung já produziu: o “Samsung Galaxy Gear”, o “Galaxy Glass” deve permitir integração com smartphones permitindo assim aos usuários de fazer ligações telefónicas, atender telefonemas, ao mesmo tempo que eles navegam na internet, etc.
Com um preço de R$ 1.299, o Galaxy Gear é um relógio inteligente da Samsung que funciona integrado com um smartphones da linha Galaxy.  Ele tem uma tela sensível ao toque de 1,6 polegadas (320 x 320 pixels) permitindo ao usuário de enviar e-mails, fazer anotações, realizar ligações telefônicas, etc.  O Galaxy Gear dispõe de uma câmera de 1,9 megapixel que fica na pulseira do relógio.
A primeira lição disso é que, hoje, o computador não é mais apenas aquele aparelho grande, pesado, e barulhento que ocupa espaço no seu quarto ou na sua mesa do escritório.  Estamos avançando muito na miniaturização dos dispositivos tecnológicos e, em um futuro não muito longe, estaremos trabalhando com equipamentos na escala nano (10-9m) invisíveis ao olho nu graças à nanotecnologia.
O poder de processamento, hoje, é tão grande (e ele não deixa de crescer a cada dia) que qualquer smartphone é capaz de realizar funções típicas de um desktop.  Como as câmeras digitais e filmadoras estão sendo substituídos gradativamente pelos celulares e tablets, o mesmo deve acontecer com os Desktops.
Os óculos inteligentes da Google irão se integrar rapidamente ao cotidiano das pessoas.  Quanto às críticas, digo que nós não devemos criticar a tecnologia, apenas cabe a nós de se disciplinar e criar as regras adequadas que garantam o bom senso e bem-estar da nossa sociedade.  Isto é muito mais eficaz de que proibir ou condenar uma tecnologia.  Além disso, nós não podemos criticar o futuro sem saber como ele é realmente.
Concordo sobre o fato de que nós não podemos pensar usá-los permanentemente, mas, precisamos derrubar os mitos que parecem cercar esta tecnologia: invasão de privacidade, distração do usuário, etc.

É fato, basta observar que o que era uma inovação há centenas de anos, hoje é apenas um elemento do cotidiano.

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