Por: Prof. Dr. Sofiane labidi
Dr. Sofiane Labidi. Professor
universitário e pesquisador, escreve no Jornal Pequeno aos domingos.
Apesar de a cooperação
internacional ser um conceito antigo, seu significado moderno traz uma nova
perspectiva baseada no apoio ao desenvolvimento e é hoje uma importante
ferramenta de relacionamento entre os povos buscando alcançar níveis de
desenvolvimento humano cada vez mais satisfatórios.
A criação, em 1945, da
Organização das Nações Unidas (ONU) como consequência da primeira e segunda
guerra mundial e das crises econômicas, trouxe um novo ordenamento nas relações
internacionais baseado na paz, na cooperação, e na perspectiva de uma atuação
comum e solidária entre os povos.
Mas, afinal, o que é
cooperar?
Por que os seres humanos
cooperam?
Cooperar é “atuar
conjuntamente com outros para conseguir um mesmo fim”.
Os seres humanos cooperam
para satisfazer necessidades ou realizar ações de interesse comum. A cooperação
internacional é uma cooperação que acontece entre diversos países para
realização de ações de interesses comuns.
Por exemplo, uma
cooperação internacional que visa aumentar o grau da transparência nos mercados
financeiros pode ajudar na redução das perdas econômicas e no enfrentamento às
crises financeiras.
Nos últimos anos, a
prática da cooperação internacional sofreu transformações, se diversificou, e
foi além do simples conceito da ajuda humanitária. Atualmente, ela é baseada no
desenvolvimento sustentável e no apoio à capacidade individual e das
comunidades no intuito de construir um mundo mais equilibrado e mais justo.
A cooperação internacional
é muito importante, pois pode tratar de questões essenciais como a paz,
segurança, erradicação da pobreza, erradicação do analfabetismo, saúde humana,
sustentabilidade ambiental, democratização, desenvolvimento tecnológico,
direitos humanos, etc. contribuindo também no apoio à implantação de boas políticas
no plano nacional.
A cooperação científica e
tecnológica é atualmente um dos setores mais importantes e mais desenvolvidos
da cooperação internacional e é explorada de várias formas como o apoio à
mobilidade de pesquisadores no desenvolvimento conjunto de pesquisas, a
capacitação de recursos humanos de alto nível, a participação conjunta em
organismos internacionais, o desenvolvimento de pesquisas em parceria, etc.
Isto é o propósito de um
dos programas de cooperação técnico-científica mais arrojado do mundo que é o
Programa brasileiro “Ciências sem Fronteiras” criado pelo governo federal em
2011 e cujo objetivo é fortalecer a ciência brasileira por meio do intercâmbio
e da mobilidade internacional.
O Programa está investindo
3,2 bilhões de reais até o final de 2015 e prevê a concessão de até 101 mil
bolsas (75 mil do Governo e 28 mil da iniciativa privada) em um período de
quatro anos para promover intercâmbio tanto de professores pesquisadores como
também de alunos de graduação e pós-graduação para fazerem estágio no exterior
e manter contato com grandes centros educacionais e de pesquisa no mundo
principalmente em relação à tecnologia e inovação.
Além disso, o Programa
apoiará a fixação de pesquisadores do exterior no Brasil e o estabelecimento de
parcerias entre os pesquisadores brasileiros e estrangeiros nas áreas prioritárias
definidas pelo Programa.
O Maranhão não deve está
desconectado do Brasil e do mundo. Precisamos participar de um destino
planetário que nós é imposto e que exige de nós de assumir muita
responsabilidade na busca da excelência e de um futuro melhor para todos.
Infelizmente, nossas universidades estão sendo tímidas neste quesito tão importa que move o mundo atual.
Infelizmente, nossas universidades estão sendo tímidas neste quesito tão importa que move o mundo atual.
A UFMA está na contramão
da história. Seus programas de cooperação internacional estão praticamente
parando e o número dos alunos e professores beneficiados é muito fraco. Estamos
interagindo muito pouco com o Brasil e com o Mundo e há uma falta tremenda de
interesse e de incentivo a este quesito fundamental na formação do cidadão do
século XXI e no desenvolvimento de projetos de pesquisa de alta relevância.
Também não há interesse na
implantação de programas de bi-diploma onde o aluno participa da grade de dois
cursos de duas universidades parceiras e recebe no final do curso dois diplomas
i.e. um de cada universidade.
Isto e outros sérios
problemas, explicam o descaso que vive nossa universidade federal e que levou a
UFMA a atingir seu pior IGC da história com a nota 2,7. O IGC é o principal
indicador do MEC para a avaliação do avanço das universidades.
É muito triste o descaso
que vive a nossa universidade que, no passado, já foi uma das maiores
universidades do nordeste e que, hoje, nem figura entre as primeiras
universidades do Maranhão. Lamentável!
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